Ninguém é de Ninguém!
Após ter dormido na página do capítulo da história onde a mocinha triste, toma seu banho demorado, pensativa e perfuma-se para deitar em sua cama fria e vazia e tentar entender o que realmente quer? Quem realmente ela é? Porque sente tanto medo de ser rejeitada? Por que precisa tanto ser amada? Após horas de reflexão ela acordará talvez segura de tudo, mas talvez certa do nada!"
No entanto acordei com a certeza de que amor de verdade é o maternal/paternal, de resto formam-se pactos de fidelidade e lealdade, há desejo, paixão, obsessão, todos os sentimentos passageiros possíveis!
Estes pactos são muito frágeis e podem ser quebrados a qualquer momento, pois não é a toa que se nasce e morre sozinho, a idéia de que se possa pertencer a alguém é um embuste.
Dizia Dercy Gonçalves que: “tudo na vida é interesse, se eu não te dou, você não me dá...” E assim são as relações entre os seres humanos, não apenas no âmbito amoroso! No profissional, nas amizades, redes sociais, congregações, enfim... Pensar que se pode “doar” a alguém é um grande engano.
Pois, nós pertencemos somente a nós mesmos, e não há como fazer esta transferência, nossa raiz é fecunda e impenetrável.
Por isso volto há dizer, existem pactos, estes onde nos “emprestamos” a alguém são os grandes mocinhos ou vilões, pois é deles que geralmente brotam a decepção e o sofrimento. Sabemos que o pacto existe, mas, não sabemos aceitar quando ele é quebrado! Isso gera ódio, discórdia, decepção e, no entanto, deveríamos ter a plena ciência de que isso poderia e com grandes chances, ocorreria, afinal, ninguém é de ninguém!
Helena Martins Daniel
20/08/2010
08h58min/am