AMOR, ARTE OU DIVERTIMENTO?
Quando é que eu me divirto? Quando falo com você, quando escrevo ao vento, quando alegro Daggerlor, quando sonho ao brilho do sol... E também quando recebo e-mail de amigos que estimo.
Quando eu me divirto? Quando o recreio em que te dou tempo não acaba. Quando penso que um café pode ser acompanhado de um doce. Quando num fim de semana, decido se vou a um pesqueiro comer peixe ou se acendo a própria churrasqueira.
Me divirto com o verde que contempla a paisagem do rio. Por isso gosto de sair ao encontro do verde. Parece que o verde a tudo vê. Fico o vendo olhar meu olhar em clima calmo, tão diferente do urbano...
No centro urbano, nos vestimos do nada verdadeiramente nu. E nos deixamos maquiar de tudo um pouco, seja do que somos ou não somos. E nossa beleza comparada aos padrões urbanos vira um nada versus nada e depois não sabemos por que nos deprimimos.
Quando me divirto? É quando me permito relaxar por essa relva branca própria para escritores sem temores, sem muralhas, sem finito. É aqui que nos aproximamos da glória do amor sem precisar dizer que aqui estamos por que amamos todos os admiradores das letras.
Entende-se que o amor foi repartido entre palavras calmas e é assim que me divirto em meio ao prazer dos mais ternos sentimentos. É como um paraíso de xícaras, copos de cristais, pratos de porcelanas e um senhorzinho dos pires. E antes que apareça uma Alice, eu nem vou dizer que o sonho acabou de repente. Uso um ponto e preparo outra página.