SOBRE AS PARTES DA FLOR E DA FONTE
Sim. Ele tinha cumpriu a parte dele. Ela cumpriria as dela. Suas partes repartidas não haviam alcançado ainda o arco íris de ouro. Talvez não divididas até que alcançariam. Ele tinha cumpriu com a parte das suas dores e ela cumpriria com as da cozinha e dos corredores. Partes que dormiam em camas separadas que não riem de nada. O bom de ser cama que não ri deve ser também não gemer e não chorar. Como é que vamos saber como é ser cama que nada entende da mesa e do banho?
Tem dias que fico com vontade de escrever assim sem rumo certo, mesmo sabendo das minhas obrigações de letras entorpecidas. Quem sabe cobradas elas irão se expandir mais rapidamente? Pelo menos não darão o que pensar de errado ao outro.
Sorte minha que decidi só escrever em poucas linhas para menos pecar em raciocínios e menos cansar quem lê por acaso e decide voltar mais vezes. Sorte minha que a parte que me cabe como digitadora desta mente está quase acabada e pronta para voltar ao começo. Não terão finais infelizes essas letras. Parte minha que se compromete com uma nova estação e aproveita para agradecer de antemão a todas as outras partes. Mas continuando...
Em sonhos ela se vê sentada sobre o mar ao seu lado novamente. Por que foram morrer tão jovens a flor e a fonte? Lembre-se que arte não precisa de respostas. Se gostou, guarde o endereço desta porta.