JOVENS; VOCÊS NÃO SABEM O QUE PERDERAM
Não é apenas saudosismo de minha parte, é antes de mais nada uma constatação.
Em uma festa a gente se olhava de longe, era o chamado flerte... ela tinha de dar sinais de que estava correspondendo... um leve sorriso e o passar da mão nos cabelos.
Depois vinha o convite para dançar... o coração disparava.... o medo dela recusar... era morte certa... todo mundo parecia que ficava olhando pra você... onde enfiar a cabeça?
Dançar respeitosamente, sentir a respiração... o hálito... o perfume... a maciez do cabelo, o toque da mão dela no seu ombro... e como era bom dançar colado... quer dizer, colado mesmo, só depois de pedi-la em namoro
Ir ao cinema assistir “Candelabro Italiano” e colocar a mão no ombro dela na mesma hora em que o Troy Donahue colocava o braço no ombro da Suzanne Pleshette, e aí, imitando o filme, ela repousava a cabeça no seu ombro.
A adrenalina do primeiro beijo roubado no escurinho do cinema.
Hoje, para sentir sensações semelhantes a essas só mesmo praticando rapel no Salto de Itiquira , descendo a cacheira de 168 metros de cabeça pra baixo.
Para os rapazes a primeira experiência sexual também era tensa, as meninas nem podem imaginar... geralmente com uma profissional... o medo de brochar.... a surpresa de ver uma mulher nua... e a primeira ejaculação precoce da vida.
Para as moças certamente era pior...... o tabu... a tensão maior que o tesão... o medo de engravidar... da dor...e principalmente do “o que ele vai pensar de mim depois”.
Já ouvi relato de garotas de hoje que vão pra cama com o primeiro bonitinho só pra ficar livre da pecha de serem virgens, me corrijam se eu estiver enganado.
Talvez eu volte ao assunto...