Uma luz no fim do Túnel
A entrevista nas páginas amarelas da Revista Veja desta semana é com o esportista Zico. Como o título é O Fla não aceita bandidos duas opções se apresentavam: ou o ex-jogador estava defendendo os bandidos que passaram pelo clube nos últimos tempos, querendo provar o improvável, ou seja, que eles não eram bandidos, ou era uma assertiva determinada de agora para frente. Esperando que fosse a segunda opção, que pudéssemos ver um fiapo de luz na imoralidade que se tornou o futebol brasileiro, fui ler a entrevista. E fiquei satisfeita. Há sim uma luzinha no fim do túnel, há sim uma esperança que desejo tenha capacidade de contaminação e possa se espalhar, não só para todo o futebol brasileiro como também para outros aspectos de nossa vida tão sem valores.
Coube aos jornalistas Malu Gaspar e João Marcelo Erthal realizarem essa entrevista tão auspiciosa. E o fizeram de maneira clara e objetiva.
Não preciso aqui relembrar nem quem foi nem quem é Zico. O carioca Arthur Antunes Coimbra, nascido e criado em um bairro suburbano é hoje, próximo de se tornar um sexagenário, diretor executivo do Flamengo.
Na boca do povo, não pelas suas conquistas esportivas, mas pelo comportamento indigno de alguns de seus jogadores, o Flamengo está partindo para uma cruzada moralizadora, extremamente necessária, por vários motivos: a força que o futebol tem na caracterização de nossa cultura e a necessidade premente de realizar a Copa de 2014 em um ambiente que mude a visão que o mundo tem do Brasil. Uma triste visão, agora também ligada ao futebol.
A disposição do Flamengo, pelas palavras de Zico é simples – mostrar aos jogadores os princípios básicos de sua profissão: existem regras que devem ser seguidas e quem determina essas regras não é o jogador por mais alto que seja o seu salário. Não é o jogador que manda no time – ele é apenas um profissional, com direitos e deveres como qualquer trabalhador. E quem tem a obrigação de acompanhar o cumprimento dessas regras é o Clube, partindo do princípio básico que seria a elaboração de um contrato minucioso estabelecendo esses direitos e deveres e cuidando para que a inobservância das regras leve a uma justa e severa punição.
Segundo Zico a crise de valores por que passa o Flamengo está diretamente relacionada com a leniência, levando inclusive alguns jogadores a assumirem o comando do time. E eu enquanto ia lendo ia também pensando: é isso que acontece em outros setores de nossa vida que vão tremendamente mal – é só observar os caminhos antiéticos seguidos pela Escola, Igreja e Política, que abrigam em seus porões comportamentos que devem trazer vergonha até ao Diabo. E Zico ressalta que o zelo pelos valores também é uma das obrigações do Clube. E eu vou seguindo: da Escola, da Igreja, da Política...
A entrevista está muito boa, vale a pena ler, mesmo para quem não entende ou gosta de futebol. Eu aqui estou tratando só dessa lamparina que Zico acendeu – é preciso começar a mudar. É preciso fazer alguma coisa. Existe em nosso país muita coisa boa, não podemos deixar que tudo role ladeira abaixo tornando a vida das pessoas de bem impossível por aqui.
Não sou tola e não acho que em outros países do mundo não existam comportamentos detestáveis. O que me deixa perplexa é que, no Brasil, esses comportamentos são aceitos como se fossem coisa normal. Tudo é justificável. Ou porque “ele é homem e homem é assim mesmo, tem necessidade diferente das mulheres”, ou porque “é pobre, foi criado na miséria”, ou... ou...e existem sempre razões para justificar a falta de valores morais na vida social,política e econômica do país.
Já é hora de começar a fazer alguma coisa para mudar essa idéia de Brasil. E a vontade que tenho é de poder juntar todos os cidadãos respeitáveis deste país para que possamos gritar bem alto e juntos: Acorda Brasil!!!
A entrevista nas páginas amarelas da Revista Veja desta semana é com o esportista Zico. Como o título é O Fla não aceita bandidos duas opções se apresentavam: ou o ex-jogador estava defendendo os bandidos que passaram pelo clube nos últimos tempos, querendo provar o improvável, ou seja, que eles não eram bandidos, ou era uma assertiva determinada de agora para frente. Esperando que fosse a segunda opção, que pudéssemos ver um fiapo de luz na imoralidade que se tornou o futebol brasileiro, fui ler a entrevista. E fiquei satisfeita. Há sim uma luzinha no fim do túnel, há sim uma esperança que desejo tenha capacidade de contaminação e possa se espalhar, não só para todo o futebol brasileiro como também para outros aspectos de nossa vida tão sem valores.
Coube aos jornalistas Malu Gaspar e João Marcelo Erthal realizarem essa entrevista tão auspiciosa. E o fizeram de maneira clara e objetiva.
Não preciso aqui relembrar nem quem foi nem quem é Zico. O carioca Arthur Antunes Coimbra, nascido e criado em um bairro suburbano é hoje, próximo de se tornar um sexagenário, diretor executivo do Flamengo.
Na boca do povo, não pelas suas conquistas esportivas, mas pelo comportamento indigno de alguns de seus jogadores, o Flamengo está partindo para uma cruzada moralizadora, extremamente necessária, por vários motivos: a força que o futebol tem na caracterização de nossa cultura e a necessidade premente de realizar a Copa de 2014 em um ambiente que mude a visão que o mundo tem do Brasil. Uma triste visão, agora também ligada ao futebol.
A disposição do Flamengo, pelas palavras de Zico é simples – mostrar aos jogadores os princípios básicos de sua profissão: existem regras que devem ser seguidas e quem determina essas regras não é o jogador por mais alto que seja o seu salário. Não é o jogador que manda no time – ele é apenas um profissional, com direitos e deveres como qualquer trabalhador. E quem tem a obrigação de acompanhar o cumprimento dessas regras é o Clube, partindo do princípio básico que seria a elaboração de um contrato minucioso estabelecendo esses direitos e deveres e cuidando para que a inobservância das regras leve a uma justa e severa punição.
Segundo Zico a crise de valores por que passa o Flamengo está diretamente relacionada com a leniência, levando inclusive alguns jogadores a assumirem o comando do time. E eu enquanto ia lendo ia também pensando: é isso que acontece em outros setores de nossa vida que vão tremendamente mal – é só observar os caminhos antiéticos seguidos pela Escola, Igreja e Política, que abrigam em seus porões comportamentos que devem trazer vergonha até ao Diabo. E Zico ressalta que o zelo pelos valores também é uma das obrigações do Clube. E eu vou seguindo: da Escola, da Igreja, da Política...
A entrevista está muito boa, vale a pena ler, mesmo para quem não entende ou gosta de futebol. Eu aqui estou tratando só dessa lamparina que Zico acendeu – é preciso começar a mudar. É preciso fazer alguma coisa. Existe em nosso país muita coisa boa, não podemos deixar que tudo role ladeira abaixo tornando a vida das pessoas de bem impossível por aqui.
Não sou tola e não acho que em outros países do mundo não existam comportamentos detestáveis. O que me deixa perplexa é que, no Brasil, esses comportamentos são aceitos como se fossem coisa normal. Tudo é justificável. Ou porque “ele é homem e homem é assim mesmo, tem necessidade diferente das mulheres”, ou porque “é pobre, foi criado na miséria”, ou... ou...e existem sempre razões para justificar a falta de valores morais na vida social,política e econômica do país.
Já é hora de começar a fazer alguma coisa para mudar essa idéia de Brasil. E a vontade que tenho é de poder juntar todos os cidadãos respeitáveis deste país para que possamos gritar bem alto e juntos: Acorda Brasil!!!