“É, os tempos agora são outros...”.
“É, os tempos agora são outros...”.
Às vezes, penso com receio no futuro. Visto-o com os olhos que observam o presente, e vivência homens tornando-se brutos, sem escrúpulos, questiono-me qual o futuro de nossa nação.
Hoje, celebramos leis que nos proíbem de educar verdadeiramente os filhos, justificando que não se deve alimentar a violência dentro de nossas casas. Tenho, entretanto, uma opinião bem diferente deste conceito. Ainda ressalto que umas boas palmadas, quando devidamente merecidas, não causam mal algum, muito pelo contrário. Cabe então diferenciar violência física e psicoemocional de educação. Acredito que toda relação deve ser alimentada pelo dialogo, mas quando esse não resulta positivamente, não sou contra o estabelecimento de castigos, ou até mesmo de uma surra, é claro que para tudo existe um limite, espancar, envergonhar, desacatar ou intimidar são práticas que não podem ser alimentadas e precisam ser punidas. Eu, por minha vez, já apanhei quando mereci, e falo disso sem ressentimentos ou vergonha, já que minha mãe, sabiamente soube ensina-me a diferença entre o certo e ou errado, e mostrando-me que para cada escolha que façamos, haverá uma consequência.
Assim, volto aos “homens tornando-se brutos”. É só assistir ou ler um jornal, que inúmeros exemplos de crimes cometidos por filhos e filhas que não foram educados devidamente. Muitos, que permanecerão soltos, sem a devida consequência . Além disso, cabe exemplificar os nossos queridos políticos, que com suas atitudes ensinam às crianças e aos jovens de nossa nação, que com poder se pode tudo. Assim, nosso sistema socioeconômico alimenta erroneamente e compromete o caráter de muitos.
Vejo famílias sem diálogos, destruídas pelo silêncio continuo e pelos corações vazios. Vejo crianças tornarem-se monstros; e assim, penso em um futuro próximo, com receio é claro da sociedade que meus filhos viverão.
Crianças que roubam, matam, fumam, usam drogas, utilizam o sexo da forma mais leviana... Crianças sem limites, independente da classe social que ocupam. Crianças que são alimentadas pelo capitalismo compulsório, destrutivo. E me dizem: “É, os tempos agora são outros...”. É, temo que realmente seja. E nos cabe estabelecer limites, sermos formadores de opiniões, ajudar no desenvolvimento sadio do caráter, da moral, preservando sempre a verdadeira justiça e acima de tudo o amor. Assim, quem sabe o nosso futuro seja melhor que o presente que nos cerca.
26 de julho de 2010, Colatina - ES