CRÔNICA – O sonho da aposentadoria – Blog de 22.07.2010
Qualquer que seja o trabalhador brasileiro, isso pra ficar limitada nossa crônica somente a este país, ele labuta com a finalidade de manter a sua família, mas também pensando numa aposentadoria, quando a vida lhe seria mais confortável ao lado dos seus entes queridos.
E assim vai tocando seu trabalho por dez, quinze, vinte, trinta, quarenta anos, esperando que as regras que o fizera planejar sua inatividade sejam garantidas, que não lhe retirem os benefícios que vigoravam na data em que assumiu suas funções. Afinal, havendo um contrato em vigor, nós acreditamos nada deva ser alterado, salvo se for para beneficiar, porém para restringir direitos de maneira alguma. Que atinjam os que ainda vão começar a trabalhar, tudo bem novos empregados... Os antigos, não.
Mas no nosso Brasil, que nem sempre é dirigido por pessoas de bons antecedentes, inimigas do trabalhador, esse negócio de alterar regras do jogo é contumaz, todavia nunca para beneficiar, mas para prejudicar, roubar os direitos do povo que trabalha com afinco, dedicação e zelo pelo patrão, sob a desculpa de que a previdência vai quebrar e outras ainda mais esfarrapadas.
Abrimos aqui parêntesis para noticiar o que está correndo nas rodas de domínio público:
Muito se diz que o sistema prisional do Brasil não recupera ninguém.
MENTIRA!
As cadeias do tempo da ditadura (anos 70 e 80):
Elas reabilitavam os presos sim.
Modelo brasileiro para todo o mundo.
Nenhum país conseguiu reabilitação igual.
Uma maravilha de exemplo. Orgulhos brasileiros, lá entraram:
“Guerrilheiros, torturadores, fraudadores, traficantes, corruptos, estupradores, ladrões, assassinos e sequestradores”.
E SAÍRAM:
“Governadores, Ministros, Prefeitos, Deputados, Senadores, Vereadores, um presidente, e agora uma candidata praticamente eleita”.
Retomando o assunto: De um lado, elevam a idade para concessão do benefício, de outro aumentam o tempo de serviço necessário e ainda por cima criam uma espécie de “fator previdenciário”, que limita o percentual a ser concedido quando o trabalhador resolve descansar. Isso sem falar no tal “pedágio”, que é outra espécie de redução. Há casos em que os pobres coitados recolheram sobre dez salários-mínimos, todavia quando se aposentaram esse teto cai de maneira vertiginosa. Há casos de pessoas que assim pagaram e que agora estão percebendo apenas dois salários.
Aquilo que era um grande sonho se torna um profundo pesadelo e o resultado é que ou o velho vai arranjar um novo emprego (e nem sempre consegue) ou passar por necessidades até de coisas banais, primárias, inclusive alimentação. Mas o que falar se dizem que o Lula tem quatro aposentadorias e o Fernando Henrique Cardoso teria cinco!
O percentual de aumento do salário-mínimo, que deveria ser também aplicado às aposentadorias, não ocorre e a tendência é cada vez maior de baixar o nível de vida daquele trabalhador e sua família. E um detalhe que merece ser comentado é que quando eles apuram o índice inflacionário levam em conta, dão muita ênfase à cesta básica como se o pobre vivesse apenas de alimentação.
O próprio presidente Lula já dissera que ao pobre era lícito sobrar um dinheirinho para tomar sua cerveja no final de semana, mas pelo jeito ele nem vai poder tomar uma bicada de cachaça para comer com farinha. O presidente pernambucano nem liga, até por que ele deve tomar bebidas mais caras, importadas, talvez e pagas com o dinheiro do povo, deste mesmo povão analfabeto que o elege, movido por uma cesta, uma promessa, um discurso demagógico e coisas tais.
Já está passando da hora de se dar um basta nisso, de conscientizar o povo para não cair em enroladas, não trocar seu voto por cestas básicas e nem outra qualquer vantagem, pois qualquer que seja o ganho do povo ele vem de si próprio, pois paga impostos sobre tudo que consuma ou não, eis que o tributo está embutido no preço das mercadorias e serviços.
No senado e na câmara federal passam leis que beneficiam esses aposentados, todavia nunca entram em vigor por conta de veto presidencial, e aí fica aquele negócio de que não há recursos, de que têm de achar um acordo para reduzir o que já fora aprovado. Políticos fazem um discurso favorável para aparecer na televisão, entretanto nos gabinetes tramam votar contra e assim ninguém sabe de nada, pois o voto secreto evita que o eleitor veja quem são os algozes dos pobres.
E depois de chafurdar a vida de todo mundo aparece a figura do INRI brasileiro para aprovar, sancionar uma lei modificadora, negociada com essa raça de políticos que enodoa a nação brasileira, isso não atingindo a todos.
Com a eleição da Dilma, se ocorrer, tudo vai continuar assim, pois para eles não se deve mudar aquilo que vem dando certo...
Fico por aqui.
Um abraço.
Sem revisão de texto.