TALVEZ HOJE.

O amor é utópico.

Um sentimento irreal. Real apenas em nos penitenciar.

A face sombria do amor esta nítida nas discussões, brigas, nas exortações da voz.

Este lado abstruso que raramente é publicado nos romances, nos teatros, nos filmes está sempre a envolver os amantes.

É a expressão do amor descomunal que refleti no próprio amor.

É o medonho.

É o tal exagero das vozes, da raiva, do rancor, da impaciência, do ciúme que vira aborrecimento e se torna desencanto.

Seguindo a trajetória milenar do amor, nota-se, que ele não é as mil maravilhas que todos pensam, começamos por Tristão e Isolda: “Tristão a serviço de seu tio, o rei Marc da Cornualha, vai à Irlanda buscar a bela princesa Isolda para casar-se com seu tio. Na viagem de volta, os dois acidentalmente bebem uma poção de amor mágica, originalmente destinada a Isolda e Marc. Devido a isso, Tristão e Isolda apaixonam-se perdidamente, e de maneira irreversível, um pelo outro. De volta à corte, Isolda casa-se com Marc, mas Isolda e Tristão mantêm um romance que viola as leis temporais e religiosas e escandaliza a todos. Tristão termina banido do reino, casando-se com outra princesa, mas seu amor por Isolda não termina. Depois de muitas aventuras, Tristão é mortalmente ferido por uma lança e manda que busquem Isolda para curá-lo de suas feridas. Enquanto ela vem a caminho, a esposa de Tristão engana-o, fazendo-o acreditar que Isolda não viria para vê-lo. Tristão morre, e Isolda, ao encontrá-lo morto, morre também de tristeza”.

Partindo desse enredo trágico, ainda notamos a crueldade do amor na mitologia grega: “Helena filha do Deus Zeus era mulher de Menelau. Um belo dia, Paris, que era filho do rei de Tróia, vai até a Cidade de Esparta encontra Helena e se apaixona perdidamente. Paris rapta Helena por amor. Menelau convoca o exercito espartano, parti para Tróia e da inicio a uma guerra que duraria dez anos. Menelau e Paris morrem, Helena é repudiada do reino.

É notável o dolo do amor nas duas narrações.

É alarmante o desleixo do amor para com os amantes.

Pois é dessa maneira que ele atua: Prende, amarra, extasia. Leva-te ao apogeu da paixão e ao mesmo tempo te veste a túnica de Nessus.

Apresenta-te uma realidade fantasmagórica.

O poeta: “O amor é o ridículo da vida. Procuramos nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo”.

O amor é irracional e de tão irracional nos deixa bruto!

23/06/2010.

Valcy Silva
Enviado por Valcy Silva em 12/07/2010
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