CHOVE NA MINHA REGIÃO
Chove na minha região e você pode dizer grande novidade.
Nos fundos da minha casa passa um rio que desce da Serra do mar, que fica há uns 15 km de distância, e após seis km da minha casa ele atravessa a cidade de Morretes, de economia essencialmente turística, e vai em direção ao mar que fica há mais uns três km.
Mas o ponto que eu quero chegar é que quem não vive mais perto de uma natureza quase intocada não conseguem imaginar como é impressionante uma tempestade torrencial em uma região assim.
É impressionante a força da natureza com o forte da chuva caindo nas árvores e raios poderosos e trovões pipocando a todo instante.
Sei que o certo seria estar dentro de casa, mas não resisto e vou para a varanda coberta que tem visão para o rio. Ele passa que passa nervoso no seu leito.
E eu fico imaginando como é que o homem teve a audácia de achar que pode dominar a natureza, encurralá-la em pequenos espaços, canalizar os seus rios, desmatar toda a mata e achar que isto ficaria por isto mesmo.
Ela é tão forte no seu estado bruto, mas ao mesmo tempo nos passa uma tranqüilidade que só os elementos naturais respeitados nos podem passar.
Não tem como não termos um silencioso respeito durante a torrente e domina qualquer vontade de se ficar conversando como se nada estivesse acontecendo como acontece na cidade.
Emudecemos ante o seu poder e ao mesmo tempo não podemos deixar de pensar no que vai acontecer quando ela realmente se virar contra os abusos feitos a ela.
Não vai ter dique, nem represas que a segurará. Perto da sua força vivenciada sabemos que mesmo os alicerces de uma Itaipu virarão gravetos perante a sua força na hora que os elementos se voltarem contra qualquer região.
A minha casa fica há quarenta metros do rio e é bem alta, mas em toda história da região ele nunca chegou a até 20 metros da casa. E na cidade que fica numa região mais baixa onde o risco seria maior faz uns vinte e cinco anos em que ele não transborda além das suas margens.
Sentimo-nos protegidos e participantes desta força descomunal que nos refrigera o ar e nos traz pás com o seu barulho.
Os raios são fortes e dá até certa vontade de entrar, mas o prazer de ver este espetáculo supera qualquer apreensão.
Como é bonito e protetor o mundo intocado nos dado para o nosso desenvolvimento e que foi e está sendo destruído tanto e que sem tardar, como já está acontecendo, se voltará contra todos os lugares, ou seja, uns noventa por cento do planeta, em que a natureza não foi respeitada.
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Em qualquer situação da sua vida procure se lembrar:
'Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de sí mesmo' Roselis von Sass - graal.org.br