CRÔNICA – Como vi o jogo Holanda 2 x 1 Brasil

 

            Meu relógio marca 11.45 horas. O primeiro tempo do jogo Brasil x Holanda acabou agorinha mesmo. O nosso time venceu por 1 x 0, com um golaço de Robinho, não propriamente pelo tento, todavia pelo passe que recebeu do Felipe Melo, que o deixou livre e somente com o goleiro para frente. Bola assim pra ele é morte certa! Bom que se diga que esse foi o único jogo em que fiquei muito nervoso, até porque o meu palpite foi três a zero para nos nossos.

            Das ultimas escalações do escrete brasileiro, pelos atletas que estão na África, a de hoje foi a melhor delas, em face das circunstâncias, porque tivemos um time que além de marcar os espaços do adversário os tomou pra si e mandou no jogo. Agora, uma coisa é certa: Os holandeses jogam muito duro, diferentemente daquela tradição de toque de bola, de conjunto e de craques de primeira qualidade.

            Vimos um Brasil com raça, disposição para a luta, bola perdida não havia, pois disputavam todas, e a impressão que tive foi a de que na primeira etapa poderia ter marcado uns três gols, com o que mataria a partida. O nosso goleiro não teve trabalho algum, pois somente uma bola chutada de longe, embora forte, foi em cima dele. Sem problema algum.

            Vamos para o segundo tempo, esperando que o time não entre recuado, a fim de não possibilitar ataques rápidos da Holanda, que embora perdendo e seu melhor jogador só tenha uma jogada no seu estoque, que é puxar a bola pro lado esquerdo e chutar ao gol, porém esta já está muito manjada pela nossa defesa.

            Bem, após o descanso regulamentar, estamos às 12.00 horas aqui, 17.00 horas lá na África. O segundo tempo começara. Os nossos atletas parecem nervosos, jogando mais duro, e aí o time empata aos oito minutos de jogo, poxa vida, que desmantelo! Um gol bobo, um acidente, podemos dizer assim. Levantei-me da poltrona, xinguei até a mãe do guarda, chamei uma porção de nomes feios. Tomei um lexotan...

            O Brasil me deu a impressão de haver recuado, comecei a ficar amargurado, uma disputa de penalidades não seria bom e eu nem gostaria de vê-la... depois do gol o zagueiro Lúcio começou a subir muito...isso seria perigoso demais...mas Kaká quase acerta um chute no gol adversário...o jogo melhorou cem por cento. Aos 23 minutos, a virada da Holanda, pelo jogador 10, de cabeça, dentro da área... Pronto, pensei que ia infartar...

            Felipe Melo, violento como sempre, fora expulso aos 28 minutos, mas que coisa! Pensei que essa cara havia se corrigido... De quem é a culpa, meu Deus, que burrice!

            Aos 30 minutos entra o Nilmar, quem sabe a nossa salvação! O time pressiona, vários escanteios a seu favor, Lúcio sobe pra ataque... Nada dá certo, o jogo fica dominado pela Holanda, que poderia ter feito mais gols...O jogo termina, foi embora a certeza do hexa-campeonato...fazer o quê se o time pediu pra perder? Lágrimas verteram de meus olhos, pois esse filme eu já vira algumas vezes...

            Terminada mais uma era Dunga, uma vez que a primeira havia sido encerrada em 1994/98. Fui xingado quando critiquei esse rapaz, mas eu o fiz por conhecer de futebol, nós não levamos os 23 melhores atletas para a África, isso estava patente, mas o treinador, que nunca fora, recebia o apoio de todos os brasileiros; a crônica generalizada o repelia pelas suas formas bizarras de comandar um exército que poderia ser o maior do mundo, mas que não mais o é, pois não existe qualquer time bobo no planeta.

            O grande e único culpado: Senhor Ricardo Teixeira, cartola que vai morrer na presidência da CBF, onde completou toda a sua riqueza...

            Quem mais gostou de tudo isso foi a Argentina, o Maradona e aqueles portenhos que nos chamam de “macacos”, mas eles que se cuidem com a Alemanha, que pode ganhar o jogo com eles.

 

Fico por aqui, sem condições de escrever mais nada.

Sem correção.


ansilgus
Enviado por ansilgus em 02/07/2010
Reeditado em 02/07/2010
Código do texto: T2353787
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