CRÔNICA- Grande jogo – Espanha 1 x 0 Portugal

                                                   Imagem Globo-Com - Internet.

 

            De todas as seleções que vi jogar nesta atual Copa do Mundo, que se realiza na África do Sul, que já está com as partidas das quartas-de-final devidamente programadas, iniciando-se na próxima sexta-feira, quando o Brasil vai enfrentar a Holanda, a equipe que mais me impressionou, sinceramente, foi a da Espanha, que mandou a de Portugal embora ao vencê-la pelo escore mínimo.

            Muita movimentação, notadamente do meio de campo e do ataque, inversão de jogadas, ora na direita ora na esquerda, deixando nossos patrícios completamente abobalhados, tanto que perderam a calma e chegaram a apelar para o jogo mais agressivo. Digo e afirmo isso porque acompanhei todas as partidas dessa competição e, além do mais, pratiquei futebol no meu tempo de rapaz, e até já concentrava em um clube grande daqui do Recife.

            Sou brasileiro, considero-me honesto tanto quanto o seja o maior deles, mas a verdade é que comparei o jogo de ontem do Brasil x Chile, que foi uma verdadeira baba de quiabo, e pude notar, pude vibrar com o excelente nível de futebol praticado pelos catalães. Fez-me lembrar um pouco aquele time mágico brasileiro do ano de 1970, quando se tornou tri-campeão, sob o comando, em campo, do capita Carlos Alberto.

            Embora eu esteja torcendo para que o Brasil conquiste o hexa-campeonato do mundo, e tem tudo para fazê-lo, penso que se esse caneco escapar das nossas mãos vai cair direitinho nas dos ganeses, que estão praticando o esporte bretão de uma forma maravilhosa; por outro lado, acabar-se-ia com o ciclo já tão batido de que só os grandes países conquistam as medalhas e troféus tão aspirados pelo mundo todo.

            Muito cuidado deverá ter o treinador Dunga ao escalar a equipe, inclusive evitar a volta do Felipe Melo, pois de seu jogo violento poderá surgir um cartão vermelho e prejudicar o nosso escrete. Bom lembrar que o Kaká já tem um amarelo, o Juan idem, e o Ramires não poderá atuar, punido que se acha com a suspensão por uma partida, sem perder de vista que o quadro clínico do apoiador Elano ainda não é dos melhores.

            Não estou fazendo fé na Argentina contra os alemães; tenho pra mim que o Maradona não vai rir nem debochar de ninguém, mas tão-somente juntar seu material e viajar de volta ao seu país. A palhaçada que fez já é por demais suficiente, ninguém suporta mais esse humorista, que deve armar seu circo no seu país de origem.

            Não tenho bola de cristal, todavia não me incomodo de dar a cara pra baterem, e dou minhas opiniões tranquilamente, sem qualquer interferência da mídia ou de quem quer que seja. No princípio, cheguei a imaginar que a finalíssima seria entre Brasil versus Alemanha.

            Alguém já chegou a imaginar, por absurdo que pudesse parecer, se o último jogo da Copa fosse entre os africanos de Gana e os nossos representantes brasileiros?! Seria muito bom, um espetáculo envolvendo o país que dizem praticar o maior futebol do mundo, enquanto o outro pertence à terra que Deus colocou no sangue de sua população a arte e o malabarismo de jogar futebol.

            Não creio que o Paraguai possa derrotar a Espanha, mas isso não é a opinião de um sul-americano, mas de uma pessoa que acompanha realmente o futebol, quer através das emissoras de rádio ou mesmo de televisão e até na internet.

            Para finalizar, claro que torci pelos portugueses, pois pertencem a nossa pátria mãe, dos descobridores, todavia é bom lembrar que antes deles por aqui andaram os espanhóis Vicente Pinzón e Diego de Lepe, mas se não se empossaram de nossas terras foi como se não houvessem descoberto. Cabral foi mais sabido e mandou logo uma carta ao Rei de Portugal contando o acontecido...

 

Fico por aqui.

Em revisão.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 29/06/2010
Reeditado em 29/06/2010
Código do texto: T2348499
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.