Palavras da moda e a nova concepção do saber
Sou do tempo que quem trabalhava com registro ou era encanador ou juiz cartorário.
É nesta época um sujava as mãos com o trabalho e o outro era quase um doutor.
Hoje em dia tá tudo mudado, um virou engenheiro hidráulico se não na formação ao menos no preço do seu serviço, o outro sujou as mãos, virou manchete e perdeu o serviço, mas enricou.
Não chego a ser do tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça, mas lembro que ela ainda tinha trema, e mesmo com todo esse charme, eu não a “elencava” entre as minhas palavras favoritas, a não ser que fosse bem acebolada, acompanhada com fritas e um zoiúdo com arroz e feijão.
Não que eu tenha ficado parado no tempo, mas acho que sou saudosista e embora adore café expresso, de quando em vez ataco um mineirinho feito no coador. É claro que tudo tem que evoluir, faz parte da saga humana, mas a que preço e em que condições?
Às vezes acho que há mudanças feitas para agradar aos olhos de alguém e se não enxergarmos da mesma forma, não há oftalmo que dê jeito.
Sim creio que só podemos mudar e fazer algo bem feito se acreditamos no que estamos fazendo e só o incorporamos quando a teoria e prática se unificam, com intensa reflexão, estudo e pesquisa em um plano metafórico -físico com a conjunção dos astros do zodíaco e alguma sorte.
Por falar em sorte vou tentar focar um experimento, a criação de um GPS educacional que facilite o registro e que elenque o meu aprender, porque o meu ensinar esta enroscado, emaranhado em uns cem números de opções e caminhos, mas sem direção.
Focar ou fofocar eis a questão,
Reunião ou convescote qual a solução,
Se viver o dia a dia é preciso, construir a semana se faz necessário, o quinzenário então... nem se diga.
Ao que me leva a pensar em ser protagonista da minha própria história, se é que isso ainda me seja possível.
Então eu me pergunto será que hoje seria esta a minha escrita:
A minha arte.
Transmitir conhecimento é uma arte.
Não uma arte de improviso,
Embora muitas vezes não deixe de ser.
Não uma arte do corpo,
Embora muitas vezes não o deixe de ser.
Não uma arte simétrica e exata,
Embora muitas vezes não o deixe de ser.
Não uma arte de cênica,
Embora muitas vezes não o deixe de ser.
Não uma arte de cátedra,
Embora muitas vezes não o deixe de ser.
Ensinar é a arte do improviso,
do corpo,
simétrica e exata,
cênica e de cátedra.
A arte da contradição,
Do desafio,
Do desequilíbrio,
Do simples e da erudito.
Ensinar é a arte de fazer da sua alma a sua pena,
Da sua escrita o seu prazer,
do seu cálculo a sua oração,
do seu movimento o seu pão,
e do resultado a sua satisfação.
Sei não... Realmente... Sei não.
O que eu sei é que registro aqui o meu forte abraço a você, pessoa querida, elencada entre meus amigos, protagonista impar em minha vida a receber esta reflexão do mais puro: Sei não... Realmente... Sei não.