AMNÉSIA ( OU COMO ESQUECER O PASSADO)
Tem coisas que eu, com toda minha vivência e bagagem cultural, não consigo entender. Nem que me fizessem uma lobotomia psicológica ou implantassem um chip de última geração na minha cabeça. Porque é impossível acreditar naquilo que a gente vê, hoje, na política governamental brasileira.
Passamos anos pensando que as mudanças sociais não ocorriam porque os governos eram da elite. Que o Brasil necessitava de um presidente saído do povo, pois esse, sim, tendo vivenciado as dificuldades inerentes às classes economicamente mais baixas, saberia fazer as reformas necessárias. Especialmente no que se refere à saúde e a salários.
Pois bem, o povo brasileiro, com a mala cheia de esperanças, colocou no poder um metalúrgico, um nordestino pobre, sindicalista, grevista, líder e crítico ferrenho do governo por mais de vinte anos. Esperanças redobradas, vida nova, faxina na casa. Isso foi o mínimo que o povo esperou. Esperou, esperou, esperou, esperouuuuuuuu... Diz um ditado que "quem vive esperando..." (completem vocês!).
As reformas de base, aquelas estruturais, não vieram. A mesmice continuou de tal maneira, que só não deu sono porque o barulho provocado pelos escândalos retumbavam qual trovões, diariamente, em nossos ouvidos. E o ex-metalúrgico viajando... sem saber de nada! Esqueceu suas origens, distribuiu esmolas como se fosse um nababo (com o nosso dinheiro), enganchou o braço no Sarney, no Collor, no Renan e outros tantos, que antes criticava. Depois de uma novela com mais audiência que as da Globo, e que se arrastou por meses, o último capítulo sobre os aposentados deste País enfim terminou. Tanto tempo perdido nessa discussão, enquanto os senadores, em questão de dias, conseguiram (para eles) mais de 30% de aumento!
E ainda tem a pretensão de eleger sua fiel escudeira, uma cria perfeita do seu jeito de governar. E o pior: se a gente descuidar, ela ganha a eleição. Aí a Venezuela do Chaves será fichinha perto do que vão fazer com o Brasil.
Se um ET baixasse por essas paragens e aqui vivesse alguns anos, acredito que sairia daqui com curto circuito nas antenas e perderia o rumo na volta prá casa. Se eu, que vivo aqui, nesta terra tupiniquim desde sempre, não compreendo, imagino o nó que deve dar nos neurônios da Britta, a nossa querida sueca, esposa do Dante Marcucci!