O Filho da Luz

Ainda era madrugada quando despertei. A escuridão ainda tomava conta da Terra. Levantei, desci e caminhei até a porta do santuário, ao abri-la senti que Deus estava acordando, seus pequenos raios de Luz já eram perceptíveis aos meus olhos.

Há quanto tempo não via meu mundo...

Estava frio e uma brisa carregada de saudade sussurrava em minha alma. Pés no chão seguiram até a areia da praia, na qual, a cada passo que dava me fortalecia e me tornava mais vivo. Solitário, sentei na areia e Deus no Nascer do sol. Sua luz erra radiante e intensa. Era divino ver esse momento, viver esse momento: homem e natureza, sol e mar, homem e Deus na mais pura conexão.

Era tudo tão perfeito, que se eu pudesse morrer, morreria admirando...

O dia foi se passando e sol começava a adormecer, na companhia da ausência dele. Sobre a linha do horizonte golfinhos, e pássaros, dançavam a dança da vida, estavam cantando e dizendo somos partícula divina que em forma de vida irradiamos luz. Pouco a pouco foram se distanciando, já estavam longe, mal podia ouvi-los...

Naquele momento refleti e vi como tudo é tão fugaz, tão passageiro. Sobre a areia da praia que acariciava meus pés escrevi para sol:

"Fica mais um pouco, aquece minha alma que insiste em querer congelar, sem o calor dos braços teus, me deixa sentir tua energia que nunca havia antes sentindo, eu não quero voltar para casa agora. Perdeste todo o calor que possuía, mais fica só mais um pouco! Pois ainda resta sua luz ainda que fraca mais que me Ilumina.

A escuridão começou a cobrir tudo, não podia mais o enxergar, a Luz se foi. mas, fica dentro de mim a chama viva da esperança, pois, amanhã talvez esteja de volta para contemplá-la.

“E ver o maior espetáculo que a natureza e Deus podem propiciar-me".

Com Amor.

O Filho da LUZ

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 20/05/2010
Reeditado em 28/06/2012
Código do texto: T2268257
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