QUANDO AS RAZÕES DIVERGEM

QUANDO AS RAZÕES DIVERGEM

Querer expor uma verdade depende da aceitação dessa conformidade com o real. A concepção de um quanto ao principio certo, pode diferenciar do entendimento do outro.

Abrir mão algumas vezes de alguma coisa, de algum tempo, em prol do outro, sinaliza um amadurecimento do nosso ‘eu’ interior. Esse tornar-se maduro, desperta o conhecimento do ser, como pessoa capaz de compreender e, por conseguinte se fazer entender.

Todos nós queremos ser compreendidos, mas poucos são os que se esforçam para aceitar o outro na sua verdade ou não.

Quando nos aprofundamos no conhecimento do ser humano, percebemos que embora pertos, fisicamente, estamos a ano luz de distância da real compreensão da psique, na sua individualidade, no cerne unívoco de cada pessoa humana.

Cada indivíduo tira suas próprias conclusões e se acham detentores da real verdade que criou para si. O outro é subtraído dos seus valores em comparação aos nossos valores.

A verdade é que não abrimos mãos da nossa individualidade em favor da parceria, do coletivo e em sequência da harmonia.

Quando todos saem ganhando, não há como haver distorções de nivelamentos. Ao passo que na individualidade, alguém sairá perdendo e ai vem à discórdia, o desentendimento.

Abrir mão do nosso egoísmo requer desprendimento, sabedoria e um alto poder de elevação espiritual.

Aprender a cada dia conosco mesmo, surtirá mais satisfação do que, se aprendermos com os mestres a vida inteira.

Rio, 12/05/2010

Feitosa dos Santos