Amar
Ela não sabe amar, ela elevou-se acima de si própria e desaprendeu o amor. Esse mistério que reside no coração humano. O qual nenhuma analise critica pode desvendar, mas que as certezas da loucura compreendem infinitamente.
As pessoas não entendem que o amor liberta, que somos mais felizes quando fazemos o outro feliz, Não entendemos que a base de todas as nossas privações em prol de terceiros é o amor. Incondicional e eterno. Poucos de nós sentiram a alegria de apreciar o sorriso de outro.
Como, por amor, preferimos ver a pessoa amada feliz mesmo que longe?
As pessoas se casam para ser feliz, quando na verdade deveriam casar-se para fazer alguém feliz. Temos filhos para realizarmos nossos sonhos frustrados neles. E idealizamos neles o que sonhávamos ser. Qual a conseqüência? Castramos os sonhos alheios, aprisionamos almas livres, desaprendemos a perdoar. Não lembramos o que significa esquecer.
Multiplicamos nossos trabalhos, pois temos, que além de atingir nossos sonhos, fazer com que outros sonhe nossos sonhos e nos tornamos déspotas a oprimir almas inocentes.
Não entendemos que amor não é ativado ou adicionado. E sim conquistado. É flor no asfalto oásis no deserto e água a jorrar da pedra, mar a se dividir em dois. Milagres diários.
Esquecemos a essência de amar, e vivemos qualquer outra coisa inventada e colorida com as cores do amor, mas que por baixo são espinhos a ferir o coração, ervas daninhas na alma.
E conseguimos qualquer outra coisa parecida com felicidade. E assim, não entendemos um verdadeiro sorriso de felicidade, daqueles que verdadeiramente amam. Esses são eternamente felizes, pois descobriram em curtos momentos de puro amor felicidade verdadeira e eternas.
Amar... “é querer estar preso por vontade, é servir a quem vence o vencedor. É ter com quem nos mata a lealdade...” Camões