Dia das mães

Dia das mães

Nome que representa amor, carinho e ternura. é dádiva divina do criador. Foi o anjo escolhido por Deus, que responde pelo nome de mãe, com a missão de nos guiar .É a amiga e conselheira, a que educa e dá limites, que brinca e no momento justo, termina a brincadeira, que conta histórias e põe pra dormir e que nas noites onde os pesadelos aparecem, este anjo está por perto, espanta nosso medo, r sempre a sorrir. Mãe que é a enfermeira as horas de doença e na saúde leva a passear. É a que vê no filho um pouco se si, que com ele sonha o futuro, se orgulha com as pequenas conquistas e apóia nos fracassos.

Neste dia das mães que se aproxima, muito pensei em minha mãe, que já partiu e hoje em outras paradas está a morar Para mim, quantas tristezas, do meu tempo de infância, desta mãe, não me lembro. Tenho na lembrança, a mãe austera, egoísta e exigente, mãe que não sabia dar carinho nem colo, muito menos amar, Mãe que só tinha nos lábios palavras duras, que o meu coração de criança muito machucava, Mãe que em nada eu conseguia agradar, quando seu carinho procurava, sempre me afastava, dizendo não ter tempo para minhas bobagens, que fosse brincar e em paz a deixasse.

Por quanto tempo implorei seu carinho, não sei, de tudo fiz e só mais distante a senti. Não desisti e quando maior fiquei, juntando minhas pequenas economias, uma lembrança lhe comprei. Com o coração cheio de esperança, criança nunca perde a ilusão, achei que este seria o caminho de conquistar seu amor e seu coração. Lembrança pequena, coisa de criança, uma pequena cestinha com um lencinho dentro, dobrado em formato de flor, flor que significava meu coração.

Com o coração aos pulos, cheia de alegria e esperança, da escola cheguei, e a pequena lembrança lhe entreguei, a resposta foi um tapa no rosto dizendo que tinha gastado dinheiro que o pai havia ganho com tanto suor e do presente o lixo foi o destino.

Com os olhos cheios de lágrimas, magoada para meu quarto fui, desabafei as mágoas que até o travesseiro molhei, o pranto me turvava o pensamento pensando, o que de mal havia feito, porque minha mãe que tanto amava me queria distante. Neste momento senti uma carícia em meus cabelos. Ali estava meu pai dizendo, que aceitava a lembrança com carinho e afeto, em suas mãos a pequena cestinha com o lencinho dentro dobrado em forma de flor.

Foi quando percebi, abraçada ao meu pai, ainda a soluçar, que tudo que se fala de mãe fora ele quem sempre havia suprido. Era ele quem nas madrugadas, quando acordava e via, minhas cobertas, nos dias de frio, ajeitar, me contava histórias, fazia minha imaginação viajar, meus medos, com carinho ao longe lançava comigo saia a passear, de minha saúde cuidava e de meu coração também, me dava conselhos e pedia que pela mãe, não guardasse mágoa no coração.

Meu pai era mãe e pai, pai e mãe. Deste dia em diante nunca mais me importei, respeitei minha mãe, suas vontades fiz, mas nunca mais me magoei, abrandei meu coração e a vida levei.

Neste dia das mães ao meu pai quero homenagens prestar, foi ele quem me ensinou a amar, e a compreender, ter paciência e aceitar, ter a humildade de perdoar. Quero, neste dia tão especial, muitas outras flores lhe dedicar. Flores estas que hoje não posso entregar, mas que com ele esteja sempre, onde estiver, a cestinha, com o lencinho dentro dobrado em formato de flor