É a tal da paralisação
Pa.ra.li.sar
v. 1. Tr. dir. Tomar paralítico; entorpecer. 2. Tr. dir. Enfraquecer, entravar, neutralizar, suspender. 3. Intr. e pron. Estacionar, interromper-se.
É bem mais que isso quando se trata de vida universitária.
Na minha segunda semana na Universidade Federal da Bahia descobri o real significado da palavra.
Fui chamada, junto com meus colegas à uma "reunião" no auditório do campus onde me deram as boas vindas: " Graduandos, lamentamos informar, mas o campus de Barreiras fará uma paralização" - Sejam bem vindos!
O motivo da paralisação, que foi decidida no dia 11 de março de 2010 ( e permanece até hoje, a propósito), é o impossível acesso ao campus conhecido com "Campus da prainha".
Para chegar até o prédio, é necessária a travessia de uma ponte de madeira, que está com os dias contados por conta da sua estrutura precária. E se o tráfego de ônibus que transportavam mais de sessenta alunos por viagem continuasse, é certo que os dias dos mesmos também estariam contados.
Muitos não concordam com a greve. A exemplo temos um graduando que, explicitamente defendendo seu lado e apresentando sua revolta soltou a alcunha:
-O que vocês querem? Querem que eu traga a prefeita aqui para conversarem? Melhor do que ficar fazendo essa algazarra -Lê-se protesto- na cidade. Imaginem se todos que tivessem suas ruas esburacadas fossem fazer manifestações?!?!
Ao que os alunos prontamente responderam quase em coro:
- Os buracos já estariam tapados!
O processo mais difícil já foi feito... a universidade está instalada em Barreiras, com mais de dez cursos. O mínimo que os gestores municipais deveriam oferecer é o acesso à ela. Falham nisso como falham em muitos outros aspectos. E enquanto a ponte de concreto não estiver pronta, ou pelo menos sendo feita, nós, alunos, estamos paralisados; entorpecidos; enfraquecidos; entrevados; neutralizados;suspensos; estacionados; INTERROMPIDOS!