carlos sena
Segunda-feira chega sempre. Não adianta resmungar que ela é implacável, tal qual o domingo ou qualquer outro dia. Esta segunda me invade a alma por tudo que no domingo pudemos assistir na TV e ler nos jornais: mortes no Rio de Janeiro e em Niterói. Pedófilo de Luziânia que matou seis rapazes e enterrou seus corpos com a mesma naturalidade de quem toma um copo de suco. Friamente, conduzido pela polícia, foi ao local e mostrou onde os cadáveres se encontravam. No Recife, um padrasto engravidou sua enteada de apenas dez anos. A menina, acobertada pela lei e com o apoio da mãe e de autoridades, abortou a criança. A igreja, diferente do outro episódio de idêntica motivação, não deu nem um "pio", como o fez o então bispo Dom José Cardoso Sobrinho. Na verdade ele não deu um "pio", mas cacarejou até virar celebridade às avessas e agora, felizmente, encontra-se aposentado sabe Deus onde.
Esta segunda-feira parece ignorar os acontecimentos tristes. Parece querer nos ensinar que os problemas estão dentro de nós. Fora, está a chuva, o sol, o sereno, as águas, etc., que, parecem estar "revoltados" conosco - seus mau utilizadores.
Dentro de nós é onde tudo começa. A ilusão da modernidade tem contribuído para inversão de valores que nos levam a confundir alguns conceitos como o de qualidade de vida, divertimento, amor, liberdade, limite de atitudes, etc. A concepção, por exemplo, de divertimento, não raro, se liga às bebidas, às noitadas, baladas e outras orgias. Ler um bom livro, assistir a um bom filme, a uma palestra, curtir um por de sol, para muitos não significa divertimento. Quem "dita" a melhor diversão é a TV! Os pais (coroas) e professores (tios) têm perdido feio neste quesito.
Jogar lixo na rua para muitos, pode ser até excentricidade. Pais que não estabelecem limites para os filhos se acham modernos, pois deve lhes custar caro a "carapuça" da certeza de que são incompetentes.
Os conceitos, de fato, parecem estar equivocados. Isto está muito claro na nossa convivência, principalmente quando precisamos de respeito nas relações interpessoais, não obstante a ética que não deve ficar distante. No conceito de diversão, quem entenderá um jovem passar um DOMINGO EM CASA? Contudo, nossa casa se reveste de uma simbologia fantástica de paz e aprimoramento da afetividade. É em casa que, no geral, estruturamos nossa afetividade; que construimos nossas relação primária de confiança e estabelecimento dos valores, inclusive do AMOR que parece não estar na moda. A moda tem sido a do FICAR, mesmo alguns pagando o preço de, futuramente, cair no vazio. Afinal, somos feitos para relações duradouras, pois não se contrói afeto num "piscar de olhos"...
Lá fora a natureza não tem gostado de muita coisa que estamos fazendo como ela. O planeta tem se ressentido dessa falta de cuidados. Como que nos repreendendo, vez por outra, somos chamados a responsabilidade através do mar que invade nossos calçadões, das chuvas que provocam tantas erosões e desabamentos, da temperatura que tem nos castigado sem piedade.
Para esta segunda-feira, a contrição. Diante de mim o sol irrompe cheio de garbo. Adiante está o mar com todo seu mistério, incólume às nossas mazelas. As janelas dos apartamentos em derredor estão sozinhas. Sequer a "moça feia" da canção de Chico Buarque, debruça na janela. Não há banda passando pra ela. O que passa em nossa janela é o medo que transita lá fora. É a bala perdida que pode se achar no corpo dos inocentes.
Esta segunda-feira parece ignorar os acontecimentos tristes. Parece querer nos ensinar que os problemas estão dentro de nós. Fora, está a chuva, o sol, o sereno, as águas, etc., que, parecem estar "revoltados" conosco - seus mau utilizadores.
Dentro de nós é onde tudo começa. A ilusão da modernidade tem contribuído para inversão de valores que nos levam a confundir alguns conceitos como o de qualidade de vida, divertimento, amor, liberdade, limite de atitudes, etc. A concepção, por exemplo, de divertimento, não raro, se liga às bebidas, às noitadas, baladas e outras orgias. Ler um bom livro, assistir a um bom filme, a uma palestra, curtir um por de sol, para muitos não significa divertimento. Quem "dita" a melhor diversão é a TV! Os pais (coroas) e professores (tios) têm perdido feio neste quesito.
Jogar lixo na rua para muitos, pode ser até excentricidade. Pais que não estabelecem limites para os filhos se acham modernos, pois deve lhes custar caro a "carapuça" da certeza de que são incompetentes.
Os conceitos, de fato, parecem estar equivocados. Isto está muito claro na nossa convivência, principalmente quando precisamos de respeito nas relações interpessoais, não obstante a ética que não deve ficar distante. No conceito de diversão, quem entenderá um jovem passar um DOMINGO EM CASA? Contudo, nossa casa se reveste de uma simbologia fantástica de paz e aprimoramento da afetividade. É em casa que, no geral, estruturamos nossa afetividade; que construimos nossas relação primária de confiança e estabelecimento dos valores, inclusive do AMOR que parece não estar na moda. A moda tem sido a do FICAR, mesmo alguns pagando o preço de, futuramente, cair no vazio. Afinal, somos feitos para relações duradouras, pois não se contrói afeto num "piscar de olhos"...
Lá fora a natureza não tem gostado de muita coisa que estamos fazendo como ela. O planeta tem se ressentido dessa falta de cuidados. Como que nos repreendendo, vez por outra, somos chamados a responsabilidade através do mar que invade nossos calçadões, das chuvas que provocam tantas erosões e desabamentos, da temperatura que tem nos castigado sem piedade.
Para esta segunda-feira, a contrição. Diante de mim o sol irrompe cheio de garbo. Adiante está o mar com todo seu mistério, incólume às nossas mazelas. As janelas dos apartamentos em derredor estão sozinhas. Sequer a "moça feia" da canção de Chico Buarque, debruça na janela. Não há banda passando pra ela. O que passa em nossa janela é o medo que transita lá fora. É a bala perdida que pode se achar no corpo dos inocentes.