A APEOESP, Bebel e os livros que a fogueira consumiu.
A APEOESP, Bebel e os livros que a fogueira consumiu.
Sempre que há eleição para governador em São Paulo, tem greve e badernaço de servidores públicos. A sincronia é impressionante. Em Minas Gerais, também acontece algo parecido.
Mais coincidência: os sindicatos dos servidores envolvidos no movimento são, via de regra, filiados à CUT, um braço sindical do PT.
Na outra eleição, por exemplo, o movimento foi bancado pelos policiais, que iam para as manifestações armados, o que se constituiu num atentado ao Estado de Direito.
Agora é a vez dos professores.
As práticas fetichistas, não podiam faltar: caixões, batizados com os nomes de Serra e Alckmin.
Ainda não consegui decifrar direito porque nos movimentos dessa gente sempre aparecem sinais de práticas primitivas - como é o caso dos já usuais caixões e, agora, a fogueira.
Vejam bem: caixões e fogueira. Simbolos de morte e, viceral destruição.
Isso diz bastante sobre o que vai no inconsciente dessa gente.Mas, há algo aos dizer sobre professores fazem fogueira e queimam livros, sua principal ferramenta de trabalho.
É que alguém pode começar a perguntar para que professores, já que um profissional sem suas ferramentas, neste caso, não são de grande valia.
Cuidado com as fogueiras, professores paulistas - e com a arrogância de quem atira fogo em livros. O livro, mestres, é apenas o veículo de idéias. Daí...
Reflita muito sobre as fogueiras, dona Bebel! Nelas podem ser queimados livros, símbolos, vaidades e, como sabemos, gente.
Tudo começa com idéias e práticas supostamente justificáveis e didáticas.
Na Alemanha, o prenúncio do que viria a ser o pesadelo nazista foi indicado pela queima de livros em praça pública, dona Bebel. Um colega seu da área de história pode confirmar.