"Só"zinho...
É pragmática a ideia de realizar todos os desejos existentes em uma única pessoa, sejam eles os mais bizarros possíveis, pois isso não importa, o que sustente essa realização em si, o que normalmente se aplica, é a vontade, o desejo sedento de poder realizar aquilo que é de alguma maneira, a vontade verdadeira.
A voracidade em poder fazer o que se quer não é uma coisa que esta conosco todo o tempo, ela surge do nada, aparece como aquela antiga namorada justamente no dia em que você está mais carente, ou como uma gota gélida de chuva em dia nublado, ou seja, te da arrepios. Nesse momento lembro-me de Lenine, que entoa a canção do meu mais profundo desejo neste momento, "Hoje eu quero sair só, você não vai me acertar a queima roupa...".
Mesmo que me beije a boca, nem mesmo que você me arremesse contra a parede daquele quarto, do qual o mais avivado sentimento surgiu com uma volúpia inexistente, hoje quero apenas a paz que não tive todo esse tempo longe de você. Quero aquele sossego do qual não pude desfrutar no momento mais só em que estive.
"Hoje eu quero sair só..."