H – Em ordem alfabética – série Viajando por ali e aqui (23)
Na letra H apenas dois verbetes e ambos tendo ligação um com outro: Hóspede e Hotel.
Hóspede – Palavra de origem latina – hospite – significando estrangeiro. Hoje o Hóspede é aquele que se hospeda em algum lugar que pode até ser uma hospedaria. Mas pode também ser casa de amigos ou parentes. Já fui hóspede em muitas circunstâncias em minha vida. Já me hospedei até em barraca na beira da praia, mas não faço mais isso, o conceito de sombra e água fresca para mim está muito mudado. Hospedei-me também em uma República de Estudantes quando eu era bem mais jovem e gostava de freqüentar espaços alternativos como foi o Festival de Inverno em Ouro Preto. Durante quatro anos maravilhosos fui hóspede da Marragolo, uma república para ninguém botar defeito. Falar sobre a Marragolo, porém não pode ser em um verbete emprestado porque suas histórias são magníficas. Assim como são as Histórias do Festival.
Outro local onde passei verões maravilhosos como hóspede foi em Santos, em um pequeno apartamento frente ao Orquidário. Foram anos e anos em que conseguíamos um convite para ali passar as datas mais variadas, como Carnaval, Semana Santo e Férias Escolares. Já me hospedei também em Pousadas, casas na beira de lago, chalés de madeira, cubículos em navios. Da maioria dessas hospedagens guardo boas lembranças, mas uma vez fui convidada para passar o Reveillon no Rio de Janeiro e a hospedeira brigou comigo. Do Réveillon em si tenho boas lembranças, mas da noite seguinte, foi um verdadeiro pesadelo. Minha hospedeira era (e ainda é) uma fanática religiosa e certa altura fiz um comentário que não lhe agradou e ela acabou com a minha raça. Bem, eu fiquei calada, porque sou bem educada, mas a minha vontade foi jogá-la pela janela. Achei melhor pedir licença e ir dormir embora se eu fosse mais ousada eu poderia ter saído dali direto para um hotel, mas era madrugada e eu pensei... ”Sei lá o que vou encontrar lá fora” Outra história de pesadelo como hóspede eu vive em Rio das Ostras quando duas das pessoas que formavam o grupo resolveram brigar e tínhamos que vigiá-las o dia inteiro para que não se matassem. Mas no
geral, minha vida de hóspede sempre foi boa, principalmente quando vou para casa de minhas irmãs ou então para algum hotel.
Hotel - Fora ou dentro do Brasil a minha vida como hóspede em Hotéis daria todas elas boas histórias. Agora mesmo estou pensando e refazendo algumas de minhas viagens que nem foram muitas e, portanto ainda não foram esquecidas.
A palavra em si deriva do francês hôtel, que por sua vez foi formado do latim hospitale e que em português acabou se desdobrando em hotel, hospício e hospital. Talvez seja por isso que em toda a viagem que a gente faz tem sempre alguém se comportando como um louco ou precisando de hospital.
Alguns hotéis que freqüentei não foram nada bons, mas foram a minoria. Lembro-me do Hotel que fiquei em Maceió, com as janelas dando para um poço de ventilação, o ar condicionado estragado. Ruim também foi o Hotel que ficamos em Porto Alegre, também sem vista externa e com um banheiro que era uma aventura. Aliás, ano passado fui a Europa e os banheiros dos hotéis foi assunto a parte. Não foram feitos para gordos, deficientes físicos nem idosos. Em quase todos havia uma banheira maravilhosa, mas para entrar nelas era um suplício. Muito altas e com um meio Box móvel que se a
gente se apoiasse nele para entrar ou sair era capaz de cair. Aliás, isso aconteceu, não comigo, mas com duas companheiras de viagem, que em Roma, em um hotel de nível, faltou eletricidade e tivemos que nos virar no escuro. Bem, uma caiu, mas tinha um marido para soerguê-la. A outra, como não tinha, precisou do marido alheio, que, aliás, foi muito prestativo. Os jatos de água também merecem citação – a gente nunca sabia onde eles iam dar e quando saíamos da banheira corríamos o risco de estar tudo molhado e nós secos.
Conheci bons hotéis e de alguns guardo tão boa lembrança que nem me lembro deles, só do que aconteceu neles. Quando me hospedei no Hotel Glória, no Rio, não consigo me lembrar de nada em relação ao aspecto físico do Hotel, só das coisas que aconteceram lá. O mesmo aconteceu com um Hotel em Poços de Caldas em um Congresso de Estudante onde bebi o coquetel Alexander pela primeira vez.
O que há de melhor em hotéis é o Café da Manhã e nesse aspecto os hotéis do Nordeste são imbatíveis. Fortaleza, Natal, Porto Seguro e outras cidades maravilhosas me faziam sentir como um camelo – comendo de manhã não preciso comer no resto do dia.
Fora do país me lembro do Hotel em Buenos Aires e das cidades por onde passei na Europa, em setembro passado. Tirando a confusão dos banheiros foram bons hotéis embora o café da manhã nem se possa comparar com os nossos. Exceto pelos melões que, enquanto os nossos são aguados os da Península Ibérica foram feitos para os deuses se alimentarem.
Penso que o que estragou um pouco o meu conceito sobre os hotéis na Europa foi a crise pela qual os países estavam atravessando o que fazia com que os hotéis bonitos e confortáveis, a maioria bem localizada, tivessem um péssimo serviço. Pouca gente trabalhando e muita querendo atendimento vip.
Na letra H apenas dois verbetes e ambos tendo ligação um com outro: Hóspede e Hotel.
Hóspede – Palavra de origem latina – hospite – significando estrangeiro. Hoje o Hóspede é aquele que se hospeda em algum lugar que pode até ser uma hospedaria. Mas pode também ser casa de amigos ou parentes. Já fui hóspede em muitas circunstâncias em minha vida. Já me hospedei até em barraca na beira da praia, mas não faço mais isso, o conceito de sombra e água fresca para mim está muito mudado. Hospedei-me também em uma República de Estudantes quando eu era bem mais jovem e gostava de freqüentar espaços alternativos como foi o Festival de Inverno em Ouro Preto. Durante quatro anos maravilhosos fui hóspede da Marragolo, uma república para ninguém botar defeito. Falar sobre a Marragolo, porém não pode ser em um verbete emprestado porque suas histórias são magníficas. Assim como são as Histórias do Festival.
Outro local onde passei verões maravilhosos como hóspede foi em Santos, em um pequeno apartamento frente ao Orquidário. Foram anos e anos em que conseguíamos um convite para ali passar as datas mais variadas, como Carnaval, Semana Santo e Férias Escolares. Já me hospedei também em Pousadas, casas na beira de lago, chalés de madeira, cubículos em navios. Da maioria dessas hospedagens guardo boas lembranças, mas uma vez fui convidada para passar o Reveillon no Rio de Janeiro e a hospedeira brigou comigo. Do Réveillon em si tenho boas lembranças, mas da noite seguinte, foi um verdadeiro pesadelo. Minha hospedeira era (e ainda é) uma fanática religiosa e certa altura fiz um comentário que não lhe agradou e ela acabou com a minha raça. Bem, eu fiquei calada, porque sou bem educada, mas a minha vontade foi jogá-la pela janela. Achei melhor pedir licença e ir dormir embora se eu fosse mais ousada eu poderia ter saído dali direto para um hotel, mas era madrugada e eu pensei... ”Sei lá o que vou encontrar lá fora” Outra história de pesadelo como hóspede eu vive em Rio das Ostras quando duas das pessoas que formavam o grupo resolveram brigar e tínhamos que vigiá-las o dia inteiro para que não se matassem. Mas no
geral, minha vida de hóspede sempre foi boa, principalmente quando vou para casa de minhas irmãs ou então para algum hotel.
Hotel - Fora ou dentro do Brasil a minha vida como hóspede em Hotéis daria todas elas boas histórias. Agora mesmo estou pensando e refazendo algumas de minhas viagens que nem foram muitas e, portanto ainda não foram esquecidas.
A palavra em si deriva do francês hôtel, que por sua vez foi formado do latim hospitale e que em português acabou se desdobrando em hotel, hospício e hospital. Talvez seja por isso que em toda a viagem que a gente faz tem sempre alguém se comportando como um louco ou precisando de hospital.
Alguns hotéis que freqüentei não foram nada bons, mas foram a minoria. Lembro-me do Hotel que fiquei em Maceió, com as janelas dando para um poço de ventilação, o ar condicionado estragado. Ruim também foi o Hotel que ficamos em Porto Alegre, também sem vista externa e com um banheiro que era uma aventura. Aliás, ano passado fui a Europa e os banheiros dos hotéis foi assunto a parte. Não foram feitos para gordos, deficientes físicos nem idosos. Em quase todos havia uma banheira maravilhosa, mas para entrar nelas era um suplício. Muito altas e com um meio Box móvel que se a
gente se apoiasse nele para entrar ou sair era capaz de cair. Aliás, isso aconteceu, não comigo, mas com duas companheiras de viagem, que em Roma, em um hotel de nível, faltou eletricidade e tivemos que nos virar no escuro. Bem, uma caiu, mas tinha um marido para soerguê-la. A outra, como não tinha, precisou do marido alheio, que, aliás, foi muito prestativo. Os jatos de água também merecem citação – a gente nunca sabia onde eles iam dar e quando saíamos da banheira corríamos o risco de estar tudo molhado e nós secos.
Conheci bons hotéis e de alguns guardo tão boa lembrança que nem me lembro deles, só do que aconteceu neles. Quando me hospedei no Hotel Glória, no Rio, não consigo me lembrar de nada em relação ao aspecto físico do Hotel, só das coisas que aconteceram lá. O mesmo aconteceu com um Hotel em Poços de Caldas em um Congresso de Estudante onde bebi o coquetel Alexander pela primeira vez.
O que há de melhor em hotéis é o Café da Manhã e nesse aspecto os hotéis do Nordeste são imbatíveis. Fortaleza, Natal, Porto Seguro e outras cidades maravilhosas me faziam sentir como um camelo – comendo de manhã não preciso comer no resto do dia.
Fora do país me lembro do Hotel em Buenos Aires e das cidades por onde passei na Europa, em setembro passado. Tirando a confusão dos banheiros foram bons hotéis embora o café da manhã nem se possa comparar com os nossos. Exceto pelos melões que, enquanto os nossos são aguados os da Península Ibérica foram feitos para os deuses se alimentarem.
Penso que o que estragou um pouco o meu conceito sobre os hotéis na Europa foi a crise pela qual os países estavam atravessando o que fazia com que os hotéis bonitos e confortáveis, a maioria bem localizada, tivessem um péssimo serviço. Pouca gente trabalhando e muita querendo atendimento vip.