UMA NOITE EM NEW YORK CITY
Tenho tantas lembranças de estações de trem que The Grand Central Station poderia ser a estação principal e as outras o medo, a verdade e a vida. Mas Mamaroneck Station seria minha estação preferida, retrato fiel da juventude. Até que um dia, incidentalmente sem onde ir...
Pensei que poderia passar a noite no metrô que funcionava 24 horas. Parecia simples, mesmo se fosse tedioso, mas paralisada fiquei quando entraram uns skinheads barulhentos. De nada me valia apertar no bolso da jaqueta o salário semanal. Tinha mais a perder que só aquilo, mas nada conteceu das coisas que acontecem nos cinemas e eles se foram. Senti alívio! Por duas horas a noite era minha e dos vagões vazios. Depois entraram uns caras negros falando de brigas, roupas sujas e o medo voltou nu.Tudo que me vinha era Oh!God!,Oh!God! E Deus trouxe um guarda para o vagão por pouco tempo. E se eu descesse na próxima estação? Mais riscos ou menos? E se eles descessem também? Entrou uma família chinesa e um cara branco. Suspirei aliviada, mas os chineses desceram após umas paradas e sobravam os negros e o único branco com sua cara de cansaço.Um deles me olhava passando as mãos entre as pernas, o pau e o punhal. Quando o branco se levantou para descer ele riu dentro do meu olho. Assim que a porta abriu, pulei do assento o surpreendendo ao seguir o homem branco. Era o meu herói imaginário.Lá fora havia drogados e vadios. Depois de duas quadras ele me perguntou- Are you following me, miss?! (A senhorita está me seguindo?)-Moço! Deixa eu ir para sua casa?!- Are you crazy?! I gotta a wife home! (Está maluca?! Eu tenho esposa em casa.- É só até amanhecer, eu fico do lado de fora.- Sorry miss! Go back to the station, it’s safer than around here. Lamento! Volte para a estação. É mais seguro que essas bandas.
Mas eu sabia que "Seguro" eram os sonhos de Mamaroneck Station.
Tenho tantas lembranças de estações de trem que The Grand Central Station poderia ser a estação principal e as outras o medo, a verdade e a vida. Mas Mamaroneck Station seria minha estação preferida, retrato fiel da juventude. Até que um dia, incidentalmente sem onde ir...
Pensei que poderia passar a noite no metrô que funcionava 24 horas. Parecia simples, mesmo se fosse tedioso, mas paralisada fiquei quando entraram uns skinheads barulhentos. De nada me valia apertar no bolso da jaqueta o salário semanal. Tinha mais a perder que só aquilo, mas nada conteceu das coisas que acontecem nos cinemas e eles se foram. Senti alívio! Por duas horas a noite era minha e dos vagões vazios. Depois entraram uns caras negros falando de brigas, roupas sujas e o medo voltou nu.Tudo que me vinha era Oh!God!,Oh!God! E Deus trouxe um guarda para o vagão por pouco tempo. E se eu descesse na próxima estação? Mais riscos ou menos? E se eles descessem também? Entrou uma família chinesa e um cara branco. Suspirei aliviada, mas os chineses desceram após umas paradas e sobravam os negros e o único branco com sua cara de cansaço.Um deles me olhava passando as mãos entre as pernas, o pau e o punhal. Quando o branco se levantou para descer ele riu dentro do meu olho. Assim que a porta abriu, pulei do assento o surpreendendo ao seguir o homem branco. Era o meu herói imaginário.Lá fora havia drogados e vadios. Depois de duas quadras ele me perguntou- Are you following me, miss?! (A senhorita está me seguindo?)-Moço! Deixa eu ir para sua casa?!- Are you crazy?! I gotta a wife home! (Está maluca?! Eu tenho esposa em casa.- É só até amanhecer, eu fico do lado de fora.- Sorry miss! Go back to the station, it’s safer than around here. Lamento! Volte para a estação. É mais seguro que essas bandas.
Mas eu sabia que "Seguro" eram os sonhos de Mamaroneck Station.