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TEMPO DE FLORIR O CORAÇÃO...
Todos os órgãos e sentidos estavam atentos ao que aconteceria no interior do corpo de José quando a bela Maria surgisse diante dele ali na estação onde a aguardava.
Antes que os olhos pudessem vê-la chegar, o nariz captou o doce aroma impregnado em sua pele. O cérebro diante de tal informação pôde visualizar a imagem da mulher querida guardada na memória do homem apaixonado.
Os sentidos foram tomados por grande euforia, fazendo José experimentar novos e involuntários sentires. Era frio e suor. Era calor e arrepio. Era tremor e tontura. Eram variadas sensações de ansiedade e de prazer. O corpo de José previa mudanças. De atitudes e de sentimentos. A boca quis dizer, não conseguiu. A voz no peito calou-se de emoção. No instante em que os olhos contemplaram Maria, um novo tempo de delícias nasceu.
Dentro em José, o peito bombeava jatos sanguíneos de paixão, explodindo felicidade por todo corpo levando sorriso a boca e brilho aos olhos. José jamais havia provado tão incrível reação! Olhos, boca, nariz e todos os demais órgãos finalmente identificaram os sintomas de um coração apaixonado diante do ser amado.
Abraçado a Maria, o interior de José fez-se bom tempo de Primavera, a estação do amor. Tempo de florir o coração...