Essas comadres, uiii...
que línguas têm...
Águas mansas ...mar parado
na brisa que suavemente vai
trazendo este cheiro acre da
maresia...
misturado ao
perfume adocicado das
figueiras
bravas...que percorrem essas
alamedas
agora mergulhadas na noite
quente
onde meus pés ensaiam seus
primeiros
passos tentando num caminhar
despretensioso descobrir onde
foram parar aqueles gritos de
maitacas que durante a tarde
enchiam os ares, como aquelas
comadres que agarradas aos
seus portões... da vida alheia
matraqueavam...esquecendo-se
porém de seus próprios
defeitos...cujo primeiro era esse
palrar animoso de seus próprios
vizinhos...como o do Sr. José ,
aquele que durante 30 anos era
tido como o vizinho perfeito...
nada deixando faltar à sua família
e trabalhando como um mouro...
numa empresa que lhe tirava o
couro.
Num belo dia ...ele não chega
às 8 da noite...mas no dia
seguinte
às 8 da manhã, bêbado como uma
vaca e levando de arrastão a tinta
de um muro inteiro em seu paletó...
berrando...e falando coisas
desconexas...
que uma das comadres...levada ao
portão em virtude do alarde do
alcoolizado José...logo comentaria
com a outra vizinha : Não te falei
que ele não prestava?
Pois é seu José...uma ação
imperfeita
e já derrubam o teu castelo
construído em 30 anos !!!
Essas comadres....uiiiii, que
línguas têm...
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Autor:Cássio Seagull
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Pequena história que fiz em 05-03-10
às 18 h em SP.
Lua cheia – nublado – 23 graus.
Beijos e abraços para você...
cseagull2@hotmail.com
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