BODAS DA MANA

Heloisa e Roberto fizeram cinquenta anos de matrimônio e nós fomos à Colatina, comemorar com eles.

Passamos horas alegres com nossa família, tão abençoada por Deus.

Ao chegarmos, fiquei admirada com os retratos do casamento deles, afixados na parede da sala, e Heloísa me disse:

-Vai ver você na foto, bem de pertinho.

-Uai! Sou eu mesma, com treze aninhos de idade! Puxa vida! Atrapalhei a sua pose tão bonita! Por que o Freitas não me pediu para dar licença? É claro que eu daria!

Alguém comunicou:

-Pessoal, tia Lena está chegando!

Eu exclamei:

-Que bom! Ela trouxe o presente dos noivos, que compramos juntas com a Milinha!

Lena se desculpou:

-Helô, infelizmente, o seu presente não chegou. A máquina de fazer pão levará uma semana para ser entregue aqui, em sua casa.

A aniversariante foi até a cozinha e trouxe um pão bonito e gostoso, para comermos com uma deliciosa carne fatiada.

Perguntei-lhe:

-Mana, conta para a gente: como você fez este pão maravilhoso?

-Ah... Peguei a máquina do Carlinhos emprestada, pus os ingredientes e retirei o pão prontinho.

-Quanto tempo levou?

-Três horas. Ela é automática. É só programá-la e, o resto, ela faz sozinha.

-Nossa! É uma bênção! Gasta muita energia?

-Que nada!

-Já sei. No fim, ela dá um apito, não é mesmo?

-Não. Ela dá um pão.