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ALEGRIA PEDE PASSAGEM...
Tem horas que não sinto nada ruim. Esqueço a saudade que machuca, a dor do corpo e alma, a tristeza que não acaba, a mágoa que faz chorar. Nesses momentos o coração tira descanso das coisas que angustiam. Deixo a alma seguir livre por caminhos da serenidade, do amor que não me cabe, da felicidade desmedida, do conforto inexplicável onde o espírito fica em total harmonia.
Estou feliz. Uma felicidade calma, leve, sem alarde. De ficar quieta num canto como espectadora sem nada a fazer, apenas observando cada beleza possível de captar com os cinco sentidos e todo encanto de poder provar o amor latejando-me o coração.
Amar a vida apreciando o bom dela que me chega através dos quatro elementos, formadores da natureza, esta fórmula de sensações constroem a minha felicidade. É que não sou exigente para ser feliz. Basta-me tão pouco. Poder saborear belezas do Universo, tendo um amor no peito fica tudo tão mais perfeito.
Em dias de contemplação conscientizo-me da riqueza que possuo nos cinco sentidos e nos quatro elementos. Uma soma suficiente para deixar meu dia em estado de graça e agradecimento ao Criador pela possibilidade de ver, sentir, tocar, respirar, ouvir, viver, sobretudo, poder amar e ser amada.
Bom que esta minha serenidade deu-se justo na Quarta-feira de Cinzas. Tempo de queimar o que não foi tão belo, o que causou dor – a outros e a mim. Tempo bom para mudanças, de restaurar pensamentos, de transformações. De deixar morrer algo que fere e, das cinzas, poder brotar vida. Vida nova com alegria e esperanças renovadas.
Horas de não sentir nada de mal deveriam durar eternidades. O bom é que posso ter várias horas felizes se souber queimar as dores, as saudades, as amarguras, as desilusões. E com as cinzas saber que igual a Fênix, eu também posso novamente, recomeçar para continuar buscando outras maneiras de ser feliz a cada fase nova da Lua.