CANA BRAVA
Num dia frio e chuvoso, Manoel estava no velório de um parente seu e comentou com um amigo:
-João, para esquentar a gente, só mesmo uma “branquinha”, né?
-Você está certo. Debaixo da pia tem uma purinha.
Mané foi até a cozinha, encheu um copo, virou-o de vez na goela e disse:
-Esta é brava, mesmo! Entrou queimando feito brasa!
De noite, lá estava João velando o corpo do seu amigo, que trocou as bolas. Em vez de cachaça, o pinguço tomou formol.