Olé!!! E viva a Espanha ! série Viajando por ali e aqui (20)
Com uma moleza de dar inveja ao bicho preguiça, de vez em quando me disponho a por minhas bagunças em ordem. Tenho algumas pastas aonde vou colocando as coisas, mais ou menos por assunto, mas com os assuntos totalmente desorganizados. Em uma das que peguei hoje, estão os "recuerdos "da viagem que fiz a Europa em setembro do Ano passado. Comecei a arrumar para separar e jogar fora a maioria das coisas que realmente são inúteis e aí comecei a ler e não senti mais vontade de continuar a arrumação. Comecei a ler e aí não mais queria parar. Ou melhor, quando senti vontade de parar foi para começar a escrever. Antes que eu me esqueça.
Resolvi selecionar então em um pequeno pedaço de minha viagem. Só um. O tempo que passei na Espanha. Fui lendo o roteiro, os folhetos, os mapas. Lendo e revivendo.
Foi no quinto dia que saímos de Lisboa e nos dirigimos à fronteira espanhola rumo a nossa primeira parada, a cidade de Mérida, onde almoçamos. Parece loucura até, imaginar uma cidade fundada no ano 25 a.C. e relembrar que eu estive lá, eu que me apaixonei por História ainda menina e fiz de seu estudo e ensino a minha profissão. Patrimônio da Humanidade desde 1993, por causa de seu sítio arqueológico, é uma cidade muito bem cuidada. Senti inveja. Fundada por Otávio Augusto recebeu o nome de Emérita Augusta, do qual restou apenas Mérida. Inesquecível. No meio da papelada um cardápio do Restaurante Naya, onde comemos. Ali está relacionado o Menu da Casa, por 10 Euros, o Menu Extremenho, por 12 e o Especial, por 15. Todos os menus constam de uma lista de primeiros pratos, segundos pratos, sobremesas e bebidas. Tudo com imposto incluído. Nem me lembro mais o que comi embora deva estar escrito em algum lugar. Mas me lembro de ter pensado que o nome do Restaurante era de triste memória para muitos brasileiros.
Mérida foi só uma parada antes de chegarmos a Madri, onde ficamos três noites. No sétimo dia fomos a Toledo, cidade histórica medieval. Esta cidade fortificada é belíssima e cheia de surpresas com sua cultura diversificada, pois foi povoada durante séculos por cristãos, judeus e árabes. Penso que, de todas as Igrejas que vi, a Catedral Gótica de Toledo foi a mais bela. De volta a Madri partimos no dia seguinte para Zaragoza, também uma simples parada, onde almoçamos em um restaurante extremamente cansativo, porque o bufê estava no primeiro andar, nossas reservas no segundo e os banheiros no terceiro. E eu era uma só para cuidar de mim e do Dudu, já que ele, por sua deficiência, não tinha condição de organizar a sua própria refeição. E lá fui eu, em um sobe e desce extenuante tratar de nos alimentar, equilibrando copos, talheres e pratos de um andar para o outro.
Em Zaragoza tivemos pouco tempopara conhecer a cidade, que é a quinta em população da Espanha. Só a conta de comer e visitar a Basílica de Nossa Senhora do Pilar. Dali pegamos o rumo de Barcelona, mas Barcelona ai, nessa eu não posso apenas passar, eu tenho que ficar e esmiuçar detalhes desses dois dias fascinantes que lá fiquei. Para nunca mais esquecer. Então, inté. Uai.
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