TRINTA HORAS
Complementando os comentários que a Patricia de Castro Bandeira, fez ao meu texto “Nem Amélia nem Emília”, que praticamente tirou da ponta de meus dedos o que eu estava pensando, gostaria de fazer as seguintes observações:
A série “Analisando Amélia” que escrevi é evidentemente uma brincadeira; uma provocação...e como eu gosto de provocar...
Não acho que a mulher deve ser submissa para com o marido, mas quando você escolheu aquele “peste” pra se casar não desconfiava de nada? Ou achava que ele iria mudar?
Mas a partir da hora em que se torna mãe, a mulher vira outra pessoa, não é mais pessoa “física” e sim “jurídica”.
Minha avó bem velhinha chamava meu sisudo pai de “Toninho”, ele continuava sendo seu filhinho, mesmo ele já sendo também avô...Todos os demais o chamavam de “Seo” Pereira.
Somando-se a professora, mais a orientadora educacional, mais o psicólogo, mais a Das Dores (empregada antiga de casa) mais a Xuxa, mais o Walt Disney...todos juntos não substituem uma mãe.
Até entendo que muitas não podem se dedicar mais aos filhos...às vezes o salário dos dois - pai e mãe - somados ainda é pouco... tem ainda aquelas que ficam sozinhas com os filhos...e aí, evidentemente, não tem outro jeito...só não aceito o “escapismo” de dizer que o importante é a qualidade e não a quantidade...
Sinto muito...ser mãe é como o Unibanco...é trinta horas por dia...e é pra toda a vida...é um “banco” onde não se pode encerrar a conta sem ficar com saldo devedor.