NÃO DEVEMOS JULGAR

Estava outro dia discutindo com algumas amigas sobre a Isabel, uma das personagens da novela das oito - Viver a Vida - quando provoquei uma verdadeira e acalorada polêmica ao afirmar, conforme o meu entendimento, que a personagem em discussão não era má. Na realidade era de uma autenticidade e visão realista sobre a vida pouco comum na maioria das pessoas. Sua agressividade se justificava pela falta de atenção dos pais que só tinham olhos para a outra filha.

A confusão se generalizou. E eu como aprendiz, até da minha própria natureza, fiquei a refletir e refletir...

Senão vejamos: são três filhas - uma adotada que sempre passa a impressão de eternamente grata por essa condição. A outra; a preferida, por alguma razão ainda não esclarecida; mimada, fútil e invejosa - almejava o lugar da modelo Helena, na ribalta das passarelas mundiais a qualquer preço – porém sua boa índole leva a Vida a querer lhe ensinar seus verdadeiros valores para salvá-la dela mesma, uma vez que seu caráter é meigo e fraco. Por último a Isabel. Filha esquecida, negligenciada, por conseguinte carente de atenção e carinho que, com a força de seu caráter, se sustenta na luta por um espaço no coração de sua mãe.

Trazendo a polêmica para a vida real, concluo que, educar é mesmo muito complicado, entretanto, se o amor for distribuído de forma verdadeira e igual, à probabilidade de sermos seres melhores é imensurável.

É importante observar que, não podemos confundir qualidade de autentico com maldade ou falta de educação, e, nem falsidade com diplomacia. Devemos ficar alertas para o mais importante que é entendermos, de uma vez por todas, que não devemos julgar absolutamente ninguém.

- Vamos ver onde a Vida levará a Isabel ou onde Isabel levará a Vida.