ANALISANDO AMÉLIA
Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade
Vamos fazer uma pequena análise da musica de Ataulfo Alves e Mário Lago:
A moça em pauta se casou com um rapaz sabendo que ele era provido de parcos recursos financeiros e agora vem fazendo mil exigências que ele, evidentemente, não pode cumprir.
Ainda assim a interesseira fica cobrando luxo e riqueza sabendo que ele não pode lhe proporcionar. Vejam bem que mulherzinha fútil e interesseira.
Por certo se encantou com alguns predicados do rapaz e deu em cima dele, até que ele, burro como (quase) todo homem, deixou a pobre Amélia, uma moça sem vaidade compreensiva e amorosa que o tratava como se fosse um filho.
Agora, bem feito para os dois, que vivem à turras enquanto que Amélia, muito elegante pois se contentava com pequenas quantidades de alimentos, provavelmente casou-se com um homem inteligente, honesto, que lhe dá o devido valor, e está lhe proporcionado muito mais do que ela esperava.
E ainda existem mulheres que não querem ser Amélia.