ANALISANDO AMÉLIA

Nunca vi fazer tanta exigência

Nem fazer o que você me faz

Você não sabe o que é consciência

Não vê que eu sou um pobre rapaz

Você só pensa em luxo e riqueza

Tudo o que você vê, você quer

Ai meu Deus que saudade da Amélia

Aquilo sim que era mulher

Às vezes passava fome ao meu lado

E achava bonito não ter o que comer

E quando me via contrariado dizia

Meu filho o que se há de fazer

Amélia não tinha a menor vaidade

Amélia que era a mulher de verdade

Vamos fazer uma pequena análise da musica de Ataulfo Alves e Mário Lago:

A moça em pauta se casou com um rapaz sabendo que ele era provido de parcos recursos financeiros e agora vem fazendo mil exigências que ele, evidentemente, não pode cumprir.

Ainda assim a interesseira fica cobrando luxo e riqueza sabendo que ele não pode lhe proporcionar. Vejam bem que mulherzinha fútil e interesseira.

Por certo se encantou com alguns predicados do rapaz e deu em cima dele, até que ele, burro como (quase) todo homem, deixou a pobre Amélia, uma moça sem vaidade compreensiva e amorosa que o tratava como se fosse um filho.

Agora, bem feito para os dois, que vivem à turras enquanto que Amélia, muito elegante pois se contentava com pequenas quantidades de alimentos, provavelmente casou-se com um homem inteligente, honesto, que lhe dá o devido valor, e está lhe proporcionado muito mais do que ela esperava.

E ainda existem mulheres que não querem ser Amélia.

Wilson Pereira
Enviado por Wilson Pereira em 12/01/2010
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