Ponto de vista
Sob o manto de um discurso vazio, pais e mães movem seus filhos de lugar, de escola, de convívio com amizades adquiridas com vizinhos, colegas e professores e mais grave, com seus avós.
Tudo em nome de que são pais, como se seus filhos lhes pertencessem para uso pessoal.
Como se deles pudessem dispor para trocar de lugar a qualquer momento, como se troca um espelho de parede, ou uma cadeira, de lugar.
É muito bonito tirar retratinho dos filhos e exibi-los Internet afora para que o mundo veja e bata palmas para a cria.
É muito cômodo desculpar-se de irresponsabilidades, usando títulos de pai e mãe.
Difícil será, entretanto, justificar atitudes injustificáveis, quando essas crianças forem adultas.
Particularmente não vejo vantagem alguma em ceder esperma para produção de um Ser, e não dar-lhe o básico para sua criação, entendendo-se como básico o afeto, educação familiar e escolar, no sentido de preparar essa criança para a vida real.
Bom exemplo também faz parte, porque a história do faça o que mando, e não o que faço, não funciona.
Estamos falando de uma vida com os pés no chão, onde fantasia e mera expectativa não podem superar necessidades de saúde, educação e disponibilidade para acompanhar o crescimento dos menores.
É por este motivo que avós têm reclamado a guarda dos seus netos via judicia,l e raríssimos são os casos em que não obtêm sucesso.
Aliás, os pais deveriam agradecer quando têm essa oportunidade de ter avós por perto, principalmente quando esse avós querem participar e têm condições para tal.
Agora mesmo acabo de ter conhecimento de um caso em que os avós obtiveram Sentença favorável em seu pedido de Guarda dos netos, porque o Juízo entendeu que ser mãe ou pai biológicos não são motivos suficientes para deter a guarda dos seus filhos, em uma época em que urge atentar para condições de sustento, educação e relação equilibrada entre os pais, pois que a ausência desse equilíbrio leva os filhos à insegurança que, no futuro, será responsável pelo comportamento dessas pessoas.