Douce France (1) série Viajando por ali e aqui - 19
A França não é um país, muito menos uma nação. A França é um estado de espírito. E um estado de espírito elevado.
Nice e Paris. E nada mais vi da França, mas quanto menos vi mais quero ver. Voltarei e ainda cantarei a Marselhesa em Francês como eu fazia quando era menina.
Allons enfants de la Patrie, Le jour de gloire est arrivé Contre nous de la tyrannie L'étendard sanglant est levé. L'étendard sanglant est levé: Entendez-vous dans les campagnes Mugir ces féroces soldats! Ils viennent jusque dans vos bras Égorger vos fils et vos compagnes. Aux armes citoyens, Formez vos bataillons. Marchons! Marchons! Qu'un sang impu
a breuve nos sillons
O mar de Nice. Nunca vi um mar tão azul. É de um azul mais azul do que o céu quando está azul. E eu nem gosto tanto assim de azul. Verde é a cor de minha preferência. Mas trocaria o verde, qualquer tom do verde, pelo azul do mar de Nice. A Costa Azul. Nem dá para saber se é o céu que reflete o mar ou o mar que reflete o céu.
Para chegar a Nice passamos pela Provença, a região dos meus sonhos, o sonho de tantos pintores transformado em arte: Gaughin, Monet, Van Gogh. Escrevi um romance e quando os protagonistas tiveram que sair às pressas do Brasil foi para a Provence que os levei. E eles lá ficaram por muito tempo e um deles nunca voltou, teve suas cinzas espalhadas nos campos de lavanda da Provença. E os vinhedos? Enchiam os olhos e aqueciam o coração quando passávamos por eles. Passeamos pela cidade logo que chegamos para ter uma visão geral. Chamou minha atenção as janelas das edificações em Nice – muito pequenas, estreitas - e também as paredes grafitadas, o que me fez lembrar quando deixei que grafitassem os muros do Centro Cultural da Estação Costa Pinto e o tanto que fui criticada. Nice é reduto de famosos que ali têm suas casas de veraneio ou seus iates ancorados no profundo mar azul e durante todo o passeio o guia ia dizendo – ali mora fulano, ali beltrano e ali sicrano. E eu pensei e por que não morariam se até eu ali gostaria de passar uma boa temporada? Fomos jantar um típico jantar francês: bom e bem pouquinho> Foie Grass com pão realmente francês e salada e Polet com patê de legumes.
Não me lembro da sobremesa, mas provavelmente foi sorvete. Ficamos hospedadas no Park Inn Hotel, bem moderno e perto do aeroporto. Na manhã seguinte após o desjejum fomos conhecer a Nice matutina e pudemos ver com clareza a Baía dos Anjos e as montanhas que protegem a cidade, o Mercantour, meu velho conhecido por ser cenário de um dos romances de Fred Vargas que li.Também percorremos uma longa avenida quilométrica, o Passeio dos Ingleses (LasPromenade des Anglais)
Fomos ainda ver uma fábrica de perfumes – a Fragonard – que no dizer de seus prospectos – “desde 1926 criamos perfumes e cosméticos que combinam tradição e modernidade.” Saímos de lá todos cheirosos, carregando todo tipo de produto e uma profusão do que chamo “tirinhas de cheiro” que até hoje exalam perfumes franceses em minha escrivaninha. E agora aqui, quando escrevo esse relato, e abro o envelope onde estão guardadas as “tirinhas de cheiro” para reavivar a lembrança, estou reavivando também o terrível mal estar que me acometeu durante a viagem rumo à Itália. E estou me lembrando que, na busca das causas que me levaram a querer desaparecer da face da terra eu me esqueci completamente que sou alérgica a cheiros muito fortes. Uau!!! Finalmente a lerda aqui começa a destrinchar o mistério.
A França não é um país, muito menos uma nação. A França é um estado de espírito. E um estado de espírito elevado.
Nice e Paris. E nada mais vi da França, mas quanto menos vi mais quero ver. Voltarei e ainda cantarei a Marselhesa em Francês como eu fazia quando era menina.
Allons enfants de la Patrie, Le jour de gloire est arrivé Contre nous de la tyrannie L'étendard sanglant est levé. L'étendard sanglant est levé: Entendez-vous dans les campagnes Mugir ces féroces soldats! Ils viennent jusque dans vos bras Égorger vos fils et vos compagnes. Aux armes citoyens, Formez vos bataillons. Marchons! Marchons! Qu'un sang impu
a breuve nos sillons
O mar de Nice. Nunca vi um mar tão azul. É de um azul mais azul do que o céu quando está azul. E eu nem gosto tanto assim de azul. Verde é a cor de minha preferência. Mas trocaria o verde, qualquer tom do verde, pelo azul do mar de Nice. A Costa Azul. Nem dá para saber se é o céu que reflete o mar ou o mar que reflete o céu.
Para chegar a Nice passamos pela Provença, a região dos meus sonhos, o sonho de tantos pintores transformado em arte: Gaughin, Monet, Van Gogh. Escrevi um romance e quando os protagonistas tiveram que sair às pressas do Brasil foi para a Provence que os levei. E eles lá ficaram por muito tempo e um deles nunca voltou, teve suas cinzas espalhadas nos campos de lavanda da Provença. E os vinhedos? Enchiam os olhos e aqueciam o coração quando passávamos por eles. Passeamos pela cidade logo que chegamos para ter uma visão geral. Chamou minha atenção as janelas das edificações em Nice – muito pequenas, estreitas - e também as paredes grafitadas, o que me fez lembrar quando deixei que grafitassem os muros do Centro Cultural da Estação Costa Pinto e o tanto que fui criticada. Nice é reduto de famosos que ali têm suas casas de veraneio ou seus iates ancorados no profundo mar azul e durante todo o passeio o guia ia dizendo – ali mora fulano, ali beltrano e ali sicrano. E eu pensei e por que não morariam se até eu ali gostaria de passar uma boa temporada? Fomos jantar um típico jantar francês: bom e bem pouquinho> Foie Grass com pão realmente francês e salada e Polet com patê de legumes.
Não me lembro da sobremesa, mas provavelmente foi sorvete. Ficamos hospedadas no Park Inn Hotel, bem moderno e perto do aeroporto. Na manhã seguinte após o desjejum fomos conhecer a Nice matutina e pudemos ver com clareza a Baía dos Anjos e as montanhas que protegem a cidade, o Mercantour, meu velho conhecido por ser cenário de um dos romances de Fred Vargas que li.Também percorremos uma longa avenida quilométrica, o Passeio dos Ingleses (LasPromenade des Anglais)
Fomos ainda ver uma fábrica de perfumes – a Fragonard – que no dizer de seus prospectos – “desde 1926 criamos perfumes e cosméticos que combinam tradição e modernidade.” Saímos de lá todos cheirosos, carregando todo tipo de produto e uma profusão do que chamo “tirinhas de cheiro” que até hoje exalam perfumes franceses em minha escrivaninha. E agora aqui, quando escrevo esse relato, e abro o envelope onde estão guardadas as “tirinhas de cheiro” para reavivar a lembrança, estou reavivando também o terrível mal estar que me acometeu durante a viagem rumo à Itália. E estou me lembrando que, na busca das causas que me levaram a querer desaparecer da face da terra eu me esqueci completamente que sou alérgica a cheiros muito fortes. Uau!!! Finalmente a lerda aqui começa a destrinchar o mistério.