Busca estranha
Querem impor a paz. Querem discutir quem tem razão para manter a paz no mundo.
Como se pode impor algo e ter paz? Como uma discussão pode levar à paz?
A esposa quer obrigar o marido a fazer seu papel e espera que esta atitude traga a paz para a sua casa. O marido quer impor sua maneira de ser à esposa e não consegue entender porque é tão infeliz. Porque seus filhos não encontraram a felicidade, o equilíbrio.
A felicidade, aliás, que é um estado natural do ser, da essência do ser, do ser real, agora está sendo procurada. Experimente apenas ser você mesmo para ver quanta felicidade existe nisto.
O homem que é rico, que já tem tudo dentro de si, todas as possibilidades, vive numa busca incessante fora de si. Sente-se pobre, vazio.
Como poderia um ser com possibilidades infinitas ser vazio?
Tudo isto porque não se conhece. Porque não se dá tempo para conhecer-se verdadeiramente, na quietude mental, na maravilha de estar consigo mesmo.
Porque tem pressa, esquecendo-se que tudo na natureza é obra do tempo, de muito e muito tempo, num processo evolutivo, sem dar saltos, sem pular degraus.
A perfeição é obra da paciência.
Quem não tem paciência de olhar para si não pode respeitar o próximo. Não pode, portanto, emitir a paz.
E emitir a paz que será recebida somente por quem também desejar a paz.
Afinal, para que impor algo? Todo mundo tem o direito de viver como bem entenda. Tem direito de encontrar suas verdades, seus caminhos.
Quem pretende impor sempre vai encontrar quem goste de resistir. E por outro lado, quem conseguir encontrar a paz que já existe dentro de si mesmo, vai encontrar aqueles que queira compartilhar a paz, que estejam dispostos a aceitar esta energia.
Quem conseguir sentir e vivenciar todo o amor que forma o ser que somos, vai ser feliz por ser. E sempre vai encontrar quem de fato queira receber amor.