O SENTIDO DA VIDA
É fácil criticar linhas como se elas fossem ruas sem calçar. É fácil criticar a arquibancada onde muitos vão sentar, o mais difícil é criticar-se. Por que na verdade muitos se escondem do próprio olho. O que gosta de enxergar bonito e o olho que pisca quando algo parece feio. Em sentinela fica o olhar feio, e o olhar bonito não quer saber de varrer o terreiro mesmo não passando de um rosto na multidão.
E lá na multidão onde os dois olhos se perdem, o rosto nem sabe o que busca e durante a busca rabisca paisagens diferentes das que tem. Nem sabe se é visto com o rosto certo. O que vive no deserto onde sempre esperou por carinho ou o que fartou-se de mimos.
Por isso há sorrisos na multidão de rostos que fogem da lágrima. Nem todos choram na multidão esquecida. Os seres caçam motivos para prosseguir com a vida com ou sem ventania. De que adianta ser só mais um par de pernas perdido, um lápis sem página ou borracha para linhas brancas, vazias de aventura ou medo?
E onde já faltou amor, resta lutar pela fluorescência. Todos desejam sair da multidão dos opacos. E quando surge a ilusão linda do amor esses sonhos até são esquecidos, sem ela, volta o rosto para a multidão em desatino. Um rosto pode cair no buraco de sentir-se pequeno passando a desejar os sete palmos de chão, e outros lutam pela ascensão a qualquer preço tentando não perder seu interno endereço da alegria.
É fácil criticar linhas como se elas fossem ruas sem calçar. É fácil criticar a arquibancada onde muitos vão sentar, o mais difícil é criticar-se. Por que na verdade muitos se escondem do próprio olho. O que gosta de enxergar bonito e o olho que pisca quando algo parece feio. Em sentinela fica o olhar feio, e o olhar bonito não quer saber de varrer o terreiro mesmo não passando de um rosto na multidão.
E lá na multidão onde os dois olhos se perdem, o rosto nem sabe o que busca e durante a busca rabisca paisagens diferentes das que tem. Nem sabe se é visto com o rosto certo. O que vive no deserto onde sempre esperou por carinho ou o que fartou-se de mimos.
Por isso há sorrisos na multidão de rostos que fogem da lágrima. Nem todos choram na multidão esquecida. Os seres caçam motivos para prosseguir com a vida com ou sem ventania. De que adianta ser só mais um par de pernas perdido, um lápis sem página ou borracha para linhas brancas, vazias de aventura ou medo?
E onde já faltou amor, resta lutar pela fluorescência. Todos desejam sair da multidão dos opacos. E quando surge a ilusão linda do amor esses sonhos até são esquecidos, sem ela, volta o rosto para a multidão em desatino. Um rosto pode cair no buraco de sentir-se pequeno passando a desejar os sete palmos de chão, e outros lutam pela ascensão a qualquer preço tentando não perder seu interno endereço da alegria.