De tudo que sei, falta a glória!
Sei que comer engorda e que não comer mata. Beber e fumar, também. Sei tantas coisas que não me convém. Sei que se respiro um ar puro é coisa da poesia, se nado ou flutuo pode ser psicologia, e se tivesse desejos de matar para ficar assistindo o outro morrer, já a psicopatia explicaria.
Mas, sobretudo sei que o amor é o único sentimento que realmente merece ser comemorado e vivido. Então partimos para as rosas, para as xícaras transparentes, verdes e brancas. Xícara vermelha quando a paz descansa. Xícara marrom quando o chocolate entorna.
O que mais sei?! Tem dias que a cronista acorda, tem dias em que dorme sem saber do agora. O amanhã é sempre vitaminado com Dagger do lado. Falei da roseira?! Vamos chamar as rosas de família! Existe palavra mais bonita? Ela que lembra brigas, desencontros, interpretações torcidas, ternas e caras ou palavrões jogados na cara. Ainda assim, a família é a real estrada. Demorei para saber tudo isto, mas o dia chegou e não chegou tarde. Família é um sertão que arde, mas na hora do aperto é o único botão que verdadeiramente abre.
Sobre o que mais sei?! Que é gostoso saber Inglês, não importa o tanto. Que assistir um parto é emocionante mesmo que você não conheça a mãe ou o dono do filho. E que há ruas em Nova York em que Deus lhe entrega beijos que eu lhe mando sem parar.
Sei do meu povo, o que os jornais dizem e já não dizem tudo que se pode acreditar. Então volto para mim mesma. O que eu sei de mim, além de amar o ar que toca meu rosto e ri dos traços do tempo?
E para não me cobrar pelo que não fiz, marco em linhas certas o futuro de Dagger com portas abertas. Espero que seu brilho nunca desapareça. É assim que prossigo sabendo que as coisas que não sei, ele pode aprender. Não existe lugar mal ocupado com o saber. E se antes de morrer conseguir criar mais sinônimos já estarei renascendo em novas páginas.
Que páginas?! Aquelas que buscam a glória.