" Lairzinha " ( ainda magoada )
Evaldo da Veiga
Lairzinha passava por mim e olhava para o céu, não queria me ver.
Outras vezes tapava os olhos com a mão esquerda, mas senti
que deixava os dedinhos abertos, queria me ver, ao menos um pouco.
Eu ficava entre a esperança que ela retornasse ao nosso convívio, rapidamente, ou que eu passasse a ser indiferente,
não sofresse mais com a Lairzinha tão arredia.
Hoje foi um bom dia , ela cobriu os olhos e reparei bem
nos seus dedinhos, lindos e delicados.
Nem parece que Lairzinha sobe em árvores
e que se deixar arrastar na pipa.
Corre muito nas brincadeiras de bandido/escambida,
cai, rala os braços e as pernas e não chora;
faz uma expressão de dor e dela se afasta, rápido...
gosta que em sua carinha decidida e brigona,
se note a bandeira, Avante!!!
Dona Rosa, mãe de Lairzinha, é uma Senhora muito bacana,
todo mundo gosta dela. Até porque, quando dizem que o mundo
vai acabar e pra lá que a vizinhança busca socorro.
Gosto muito da Dona Rosa, mas não gosto quando
ela grita chamando Lairzinha:
- Lairziiiiiiinha, vem logo menina, vem tomar banho, você até parece
um moleque de Rua. Moleque nada. ela é a garotinha
mais linda do bairro, a coisa mais engraçadinha que a natureza gerou.
Lairzinha é bem clarinha e cabelos bem lisinhos
e olhos claros cor de mel, parecem olhos de uma
Leoa vegetariana e da mais Santa Paz.
Dona Rosa tem as pernas longas e bonitas, cintura definida...
Se não fosse uma Senhora Crente e muito afável, daquelas
que transpira ternura sem pecado, todo mundo queria namorar.
A criançada estava sempre de olho, os adultos a gente não sabe,
eles nunca dizem certas verdades...
Mas os dias iam passando e ainda faltava um montão de dias para o Natal, o dia do meu aniversário, quando eu teria novamente a mesma idade da Lairzinha.
Era só um mês no ano de idade diferente
entre nós, mas como machucava.
www.recantodasletras.com.br/autores/evaldodaveiga
evaldodaveiga@hyahoo.com.br
Evaldo da Veiga
Lairzinha passava por mim e olhava para o céu, não queria me ver.
Outras vezes tapava os olhos com a mão esquerda, mas senti
que deixava os dedinhos abertos, queria me ver, ao menos um pouco.
Eu ficava entre a esperança que ela retornasse ao nosso convívio, rapidamente, ou que eu passasse a ser indiferente,
não sofresse mais com a Lairzinha tão arredia.
Hoje foi um bom dia , ela cobriu os olhos e reparei bem
nos seus dedinhos, lindos e delicados.
Nem parece que Lairzinha sobe em árvores
e que se deixar arrastar na pipa.
Corre muito nas brincadeiras de bandido/escambida,
cai, rala os braços e as pernas e não chora;
faz uma expressão de dor e dela se afasta, rápido...
gosta que em sua carinha decidida e brigona,
se note a bandeira, Avante!!!
Dona Rosa, mãe de Lairzinha, é uma Senhora muito bacana,
todo mundo gosta dela. Até porque, quando dizem que o mundo
vai acabar e pra lá que a vizinhança busca socorro.
Gosto muito da Dona Rosa, mas não gosto quando
ela grita chamando Lairzinha:
- Lairziiiiiiinha, vem logo menina, vem tomar banho, você até parece
um moleque de Rua. Moleque nada. ela é a garotinha
mais linda do bairro, a coisa mais engraçadinha que a natureza gerou.
Lairzinha é bem clarinha e cabelos bem lisinhos
e olhos claros cor de mel, parecem olhos de uma
Leoa vegetariana e da mais Santa Paz.
Dona Rosa tem as pernas longas e bonitas, cintura definida...
Se não fosse uma Senhora Crente e muito afável, daquelas
que transpira ternura sem pecado, todo mundo queria namorar.
A criançada estava sempre de olho, os adultos a gente não sabe,
eles nunca dizem certas verdades...
Mas os dias iam passando e ainda faltava um montão de dias para o Natal, o dia do meu aniversário, quando eu teria novamente a mesma idade da Lairzinha.
Era só um mês no ano de idade diferente
entre nós, mas como machucava.
www.recantodasletras.com.br/autores/evaldodaveiga
evaldodaveiga@hyahoo.com.br