MADRI – A CHEGADA (11) SÉRIE VIAJANDO POR ALI E AQUI.
QUANDO RUMAVA PARA MADRI, A PARTIR DE MÉRIDA, A MÚSICA QUE ME VINHA A CABEÇA ERA ESSA MARCHINHA CARNAVALESCA DOS VELHOS TEMPOS DA QUAL EU SABIA APENAS UMA PARTE DA LETRA. NÃO SOU BOA PARA GUARDAR LETRAS INTEIRAS DE MÚSICAS, GERALMENTE FICO SÓ COM O REFRÃO. ANTES DE COMEÇAR A ESCREVER ESSAS LEMBRANÇAS RESOLVI PROCURAR NA NET, ONDE TUDO SE ENCONTRA , A LETRA COMPLETA E AGORA, ENQUANTO ESCREVO POSSO CANTÁ-LA BAIXINHO.
TOURADAS EM MADRI -(Alberto Ribeiro e João de Barro)
Eu fui às touradas em Madri /Parará- tim -bum-bum-bum /Parará-tim-bum-bum /E quase não volto mais aqui /Pra ver Peri /Beijar Ceci /Eu conheci uma espanhola /Natural da Catalunha /Queria que eu tocasse castanhola /E pegasse o touro à unha/ Caramba.. Caracoles. . ./ Sou do samba/ Não me amoles/ Pro Brasil eu vou fugir/ Que isto é conversa mole /Para boi dormir /Eu fui às touradas em Madri /Parará- tim -bum-bum -bum/ Parará-tim-bum-bum /E quase não volto mais aqui /Pra ver Peri Beijar Ceci
NÃO, EU NÃO FUI AS TOURADAS EM MADRI E OS ÚNICOS TOUROS QUE VI FORAM AS SILHUETAS DELES ESPALHADAS AO LONGO DE TODAS AS AUTOPISTAS ESPANHOLAS. VI TAMBÉM, EM TODAS AS CIDADES POR ONDE PASSEI AS PLAZAS DE TOROS ONDE OCORREM AS TOURADAS. É UM ESPORTE PARA MIM INCOMPREENSÍVEL E A BOA NOTÍCIA É QUE EM CERTOS LOCAIS NA ESPANHA ESTÃO ABANDONANDO ESSA PRÁTICA CRUEL E TRANSFORMANDO AS PLAZAS EM SHOPPINGS. TAMBÉM NÃO CONHECI NENHUM ESPANHOL CATALÃO QUE QUISESSE ME VER DANÇAR E TOCAR A CASTANHOLA MAS POR POUCO NÃO COMPREI ALGUMAS PARA TRAZER DE LEMBRANÇA. MUITAS PESSOAS DO GRUPO COMPRARAM AS CASTANHOLAS E OBSERVANDO SUAS TENTATIVAS LOGO VI QUE SERIA UM DESPERDÍCIO DE DINHEIRO. TEM COISAS QUE NÃO NASCEMOS PARA FAZER.
EM MADRI NOS HOSPEDAMOS NO HOTEL CATALÔNIA, BEM NO CENTRO DA CIDADE. TÍNHAMOS UM JANTAR A NOSSA ESPERA NO HOTEL, MAS, COM OS ATRASOS PROVOCADOS PELO ESTRAGO NO ÔNIBUS EM MÉRIDA E OUTROS DETALHES NÃO MUITO BEM EXPLICADOS, O JANTAR FOI SUSPENSO PARA O DIA SEGUINTE. CHEGAMOS EM MADRI CANSADOS E APÓS UM BANHO REFRESCANTES SAIMOS EM BANDOS PARA COMER QUALQUER COISA. NO HOTEL OBTIVEMOS A CERTEZA DE QUE NÃO SERIA PERIGOSO SAIR APESAR DO ADIANTADO DA HORA. ROUBOS SIM, ACONTECEM, MAS OS LADRÕES NÃO ANDAM ARMADOS. SÃO BONS DE PAPO E ÁGEIS MAS NÃO ATENTAM CONTRA A VIDA HUMANA. SAÍMOS ANDANDO PELAS CALÇADAS NA NOITE QUENTE DE MADRI, VENDO AS VITRINES DAS LOJAS FECHADAS ATÉ ENCONTRARMOS ESTABELECIMENTO ABERTO, ALI NAS PROXIMIDADES: ERA O MUSEO DEL JAMON, QUE ME PARECE SER UMA FRANQUIA JÁ QUE VI VÁRIOS ESPALHADOS PELA CIDADE. MORTOS DE FOME QUERIAMOS UM LUGAR PARA SENTAR, COMER E BEBER A CAÑA, MAS FICAMOS BASTANTE DESAPONTADOS: UNS POUCOS BANCOS JÁ OCUPADOS E UMA OU DUAS MESAS SEM BANCOS. O JEITO ERA COMER DE PÉ MESMO . IMAGINEI O QUÃO SABOROSO SERIA O JAMÓN COM PÃO, PRINCIPALMENTE PELA LEMBRANÇA DE UM QUE COMI NA ARGENTINA, EM UMA FEIRA DE RUA NAS PROXIMIDADES DA RECOLETA. NÃO ME DECEPCIONEI – ERA O MESMO SISTEMA: O BALCONISTA PEGAVA NO PÃO, PARTIA, ABRIA AO MEIO, COLOCAVA O PRESUNTO E NOS ENTREGAVA , RECOLHIA O DINHEIRO, GUARDAVA E PARTIA PARA FAZER OUTRO SANDUÍCHE. TUDO COM AS MÃOS NUAS, ASSIM COMO A NATUREZA AS FEZ. MAS TANTO O SAUNDUÍCHE QUANTO A CAÑA ESTAVAM MUITO GOSTOSOS. BEM, EU ESTAVA COM FOME, MUITA FOME. ALGUNS DE MEUS AMIGOS PERGUNTAVAM INDIGNADOS: MAS ISSO É QUE É PRIMEIRO MUNDO? OU É CONVERSA PARA BOI DORMIR? JÁ ESTAVAM PERPLEXOS COM A QUANTIDADE DE LIXO QUE VIMOS NA RUA. EU PENSEI COMIGO: ISSO É MUNDO. NÓS ESTAMOS VENDO A PARTE QUE OS TURISTAS RICOS NÃO VÊM NEM OS GUIAS NOS MOSTRAM. CADA PESSOA CONHECE O LUGAR DE ACORDO COM O QUE SEUS PRÓPRIOS OLHOS VÊEM. VOLTAMOS PARA O HOTEL EM BUSCA DO REPOUSO MERECIDO E PARAMOS MAIS UMA VEZ EM FRENTE A VITRINE QUE JÁ TINHA NOS ENCANTADO NA VINDA. PERUCAS, DE TODAS AS CORES FEITIOS. FIQUEI ALI POR UM TEMPO SONHANDO COM UM CABELO AZUL, LONGO QUE NUNCA TEREI CORAGEM DE USAR. NÃO VOLTAMOS AO MUSEO DO JAMÓN NEM VIMOS MAIS LIXO ESPALHADO NA RUA. MAS ISSO É HISTÓRIA PARA CONTAR EM OUTRO DIA. HISTÓRIAS SOBRE ESSA CIDADE LINDA PELA QUAL ME APAIXONEI. LAVRAS, 26 DE OUTUBRO DE 2009
QUANDO RUMAVA PARA MADRI, A PARTIR DE MÉRIDA, A MÚSICA QUE ME VINHA A CABEÇA ERA ESSA MARCHINHA CARNAVALESCA DOS VELHOS TEMPOS DA QUAL EU SABIA APENAS UMA PARTE DA LETRA. NÃO SOU BOA PARA GUARDAR LETRAS INTEIRAS DE MÚSICAS, GERALMENTE FICO SÓ COM O REFRÃO. ANTES DE COMEÇAR A ESCREVER ESSAS LEMBRANÇAS RESOLVI PROCURAR NA NET, ONDE TUDO SE ENCONTRA , A LETRA COMPLETA E AGORA, ENQUANTO ESCREVO POSSO CANTÁ-LA BAIXINHO.
TOURADAS EM MADRI -(Alberto Ribeiro e João de Barro)
Eu fui às touradas em Madri /Parará- tim -bum-bum-bum /Parará-tim-bum-bum /E quase não volto mais aqui /Pra ver Peri /Beijar Ceci /Eu conheci uma espanhola /Natural da Catalunha /Queria que eu tocasse castanhola /E pegasse o touro à unha/ Caramba.. Caracoles. . ./ Sou do samba/ Não me amoles/ Pro Brasil eu vou fugir/ Que isto é conversa mole /Para boi dormir /Eu fui às touradas em Madri /Parará- tim -bum-bum -bum/ Parará-tim-bum-bum /E quase não volto mais aqui /Pra ver Peri Beijar Ceci
NÃO, EU NÃO FUI AS TOURADAS EM MADRI E OS ÚNICOS TOUROS QUE VI FORAM AS SILHUETAS DELES ESPALHADAS AO LONGO DE TODAS AS AUTOPISTAS ESPANHOLAS. VI TAMBÉM, EM TODAS AS CIDADES POR ONDE PASSEI AS PLAZAS DE TOROS ONDE OCORREM AS TOURADAS. É UM ESPORTE PARA MIM INCOMPREENSÍVEL E A BOA NOTÍCIA É QUE EM CERTOS LOCAIS NA ESPANHA ESTÃO ABANDONANDO ESSA PRÁTICA CRUEL E TRANSFORMANDO AS PLAZAS EM SHOPPINGS. TAMBÉM NÃO CONHECI NENHUM ESPANHOL CATALÃO QUE QUISESSE ME VER DANÇAR E TOCAR A CASTANHOLA MAS POR POUCO NÃO COMPREI ALGUMAS PARA TRAZER DE LEMBRANÇA. MUITAS PESSOAS DO GRUPO COMPRARAM AS CASTANHOLAS E OBSERVANDO SUAS TENTATIVAS LOGO VI QUE SERIA UM DESPERDÍCIO DE DINHEIRO. TEM COISAS QUE NÃO NASCEMOS PARA FAZER.
EM MADRI NOS HOSPEDAMOS NO HOTEL CATALÔNIA, BEM NO CENTRO DA CIDADE. TÍNHAMOS UM JANTAR A NOSSA ESPERA NO HOTEL, MAS, COM OS ATRASOS PROVOCADOS PELO ESTRAGO NO ÔNIBUS EM MÉRIDA E OUTROS DETALHES NÃO MUITO BEM EXPLICADOS, O JANTAR FOI SUSPENSO PARA O DIA SEGUINTE. CHEGAMOS EM MADRI CANSADOS E APÓS UM BANHO REFRESCANTES SAIMOS EM BANDOS PARA COMER QUALQUER COISA. NO HOTEL OBTIVEMOS A CERTEZA DE QUE NÃO SERIA PERIGOSO SAIR APESAR DO ADIANTADO DA HORA. ROUBOS SIM, ACONTECEM, MAS OS LADRÕES NÃO ANDAM ARMADOS. SÃO BONS DE PAPO E ÁGEIS MAS NÃO ATENTAM CONTRA A VIDA HUMANA. SAÍMOS ANDANDO PELAS CALÇADAS NA NOITE QUENTE DE MADRI, VENDO AS VITRINES DAS LOJAS FECHADAS ATÉ ENCONTRARMOS ESTABELECIMENTO ABERTO, ALI NAS PROXIMIDADES: ERA O MUSEO DEL JAMON, QUE ME PARECE SER UMA FRANQUIA JÁ QUE VI VÁRIOS ESPALHADOS PELA CIDADE. MORTOS DE FOME QUERIAMOS UM LUGAR PARA SENTAR, COMER E BEBER A CAÑA, MAS FICAMOS BASTANTE DESAPONTADOS: UNS POUCOS BANCOS JÁ OCUPADOS E UMA OU DUAS MESAS SEM BANCOS. O JEITO ERA COMER DE PÉ MESMO . IMAGINEI O QUÃO SABOROSO SERIA O JAMÓN COM PÃO, PRINCIPALMENTE PELA LEMBRANÇA DE UM QUE COMI NA ARGENTINA, EM UMA FEIRA DE RUA NAS PROXIMIDADES DA RECOLETA. NÃO ME DECEPCIONEI – ERA O MESMO SISTEMA: O BALCONISTA PEGAVA NO PÃO, PARTIA, ABRIA AO MEIO, COLOCAVA O PRESUNTO E NOS ENTREGAVA , RECOLHIA O DINHEIRO, GUARDAVA E PARTIA PARA FAZER OUTRO SANDUÍCHE. TUDO COM AS MÃOS NUAS, ASSIM COMO A NATUREZA AS FEZ. MAS TANTO O SAUNDUÍCHE QUANTO A CAÑA ESTAVAM MUITO GOSTOSOS. BEM, EU ESTAVA COM FOME, MUITA FOME. ALGUNS DE MEUS AMIGOS PERGUNTAVAM INDIGNADOS: MAS ISSO É QUE É PRIMEIRO MUNDO? OU É CONVERSA PARA BOI DORMIR? JÁ ESTAVAM PERPLEXOS COM A QUANTIDADE DE LIXO QUE VIMOS NA RUA. EU PENSEI COMIGO: ISSO É MUNDO. NÓS ESTAMOS VENDO A PARTE QUE OS TURISTAS RICOS NÃO VÊM NEM OS GUIAS NOS MOSTRAM. CADA PESSOA CONHECE O LUGAR DE ACORDO COM O QUE SEUS PRÓPRIOS OLHOS VÊEM. VOLTAMOS PARA O HOTEL EM BUSCA DO REPOUSO MERECIDO E PARAMOS MAIS UMA VEZ EM FRENTE A VITRINE QUE JÁ TINHA NOS ENCANTADO NA VINDA. PERUCAS, DE TODAS AS CORES FEITIOS. FIQUEI ALI POR UM TEMPO SONHANDO COM UM CABELO AZUL, LONGO QUE NUNCA TEREI CORAGEM DE USAR. NÃO VOLTAMOS AO MUSEO DO JAMÓN NEM VIMOS MAIS LIXO ESPALHADO NA RUA. MAS ISSO É HISTÓRIA PARA CONTAR EM OUTRO DIA. HISTÓRIAS SOBRE ESSA CIDADE LINDA PELA QUAL ME APAIXONEI. LAVRAS, 26 DE OUTUBRO DE 2009