FALTOU MESMO FOI FUTEBOL

Ao contrário do que disse a maioria dos cronistas esportivos especializados sobre a desclassificação da Seleção Brasileira frente à poderosa equipe francesa, acho que o que faltou mesmo foi futebol. Não se pode atribuir culpa a este ou aquele atleta. Talvez a maior culpa deve ser atribuída ao técnico, Carlos Alberto Parreira pela infelicidade ao convocar os atletas para comporem a Seleção Brasileira. Não sei quais os critérios utilizados por ele, mas sei que muitos bons atletas ficaram de fora do chamamento, tais como o Alex, ex-Cruzeiro; o Nilmar do Corinthians; o lateral esquerdo, Júnior do São Paulo; o Tuta do Fluminense; o Renato do Flamengo e mais alguns que no atual momento, jogam mais que muitos dos que ele convocou. Outra derrapada imperdoável do “Professor Parreira”, deixar o Robinho e Cicinho no banco de reservas, preferindo utilizar jogadores mais pesados, mais idosos e visivelmente fora de forma. A meu ver, não se pode privilegiar mais certos jogadores só por jogarem no exterior, em detrimento dos que por aqui atuam e são desconhecidos fora do Brasil.

Agora, que a França mereceu, isto não se discute. Vimos o Zinedine Zidane, tal qual um maestro, reger toda a partida, se permitindo, inclusive, dar alguns chapeuzinhos em craques brasileiros. Portanto, não vi nenhuma apatia de que falam os cronistas esportivos. O problema foi o esquema do “Professor Parreira”que certamente não obriga, ou melhor, não exige que nossos atletas procurem os espaços vazios para iniciar as jogadas que permitiriam a triangulação e, conseqüentemente, o gol. Ao rever novamente o jogo em pauta, agora com mais calma, nota-se que além de jogar melhor, a França contou também com mais sorte que o Brasil. Nos últimos l5 minutos até tivemos chance de inaugurar o marcador, mas a sorte não nos foi favorável. Com relação ao “melhor jogador do mundo”, este sim, deveria trocar de trabalho. Seria melhor aproveitado em espetáculos circenses. Que tal o Cirque du Soleil, que, por incrível que pareça, tem nome francês?