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O GATO DA SOLIDÃO...
Não que seja regra ou possa traçar perfil por conta desta minha observação. Mas geralmente percebo quando uma pessoa perde o namorado, se divorcia, fica viúva, os filhos casam ou vão morar sozinhos, ou mesmo não consegue ou não quer ter filhos, opta por adotar um gato como companheiro inseparável para lhe preencher os momentos de solidão.
Ocorre que algumas vezes, mesmo a pessoa tendo companhia em casa, sente solidão e falta de afeto, por isso encontra na figura felina o conforto que não tem ao lado dos companheiros no lar. Deve ser porque gato tem aquela coisa de ficar enroscando nas nossas pernas, de grudar feito um bicho carente de mimos. Penso que seja por conta disso que é preferido pela maioria das pessoas. Esse contato físico, esse dengo, essa carinho de certa forma preenche a falta de alguém.
Bom de se ter gato é que ele é asseado e faz suas necessidades fisiológicas longe da vista do dono e as enterra. Diferente dos cães que comem quatrocentos gramas de ração e defecam dois quilos pelo quintal.
Não sou especialista analisando, apenas uma curiosa como um gato astuto que fica espreitando comportamentos. Cheguei a esta conclusão após perceber uma grande maioria de idosos com seus adoráveis felinos. O gato feliz pelos cuidados, o idoso satisfeito com a companhia que o livra da solidão. Uma troca justa e louvável.
Se algum dia me sentir sozinha penso que terei problemas. Meus primeiros contatos com gatos não foram dos mais agradáveis. Quando pequena fui acarinhar um gatinho e ele me deixou o pulso sangrando com quatro riscos longos. Motivo suficiente para me manter bem longe deles. Passados os anos, novamente arrisquei uma aproximação com um felino para retirar aquela imagem negativa da memória. Outra vez fui arranhada, dessa vez na mão. Desisti de vez da amizade.
Apesar de admirá-los é eu cá e eles bem lá no colo confortável dos seus donos. Prefiro vê-los em calendários e revistas. Duas vezes arranhada foi o suficiente para que eu entenda que "nem todos os caminhos são para todos os caminhantes."(Goethe).
Algo entre mim e os gatos não combina. Talvez este meu jeito desconfiado e arisco de ser faça com que eu seja uma rival para eles. Coisa de espíritos! Vai entender... Para minha solidão quando os filhos forem viver o futuro que lhes aguarda, deverei viajar mais, fazer algum curso e para os momentos em que a falta de companhia me apertar o peito a ponto de incomodar, então arranjarei um lindo e belo gato persa, de pelúcia, é claro!rs
Espero que minha liberdade de expressão não seja interpretada como rótulo de nada. Pois não foi essa a intenção, mas de expôr minhas ideias tão somente.rs
O GATO DA SOLIDÃO...
Não que seja regra ou possa traçar perfil por conta desta minha observação. Mas geralmente percebo quando uma pessoa perde o namorado, se divorcia, fica viúva, os filhos casam ou vão morar sozinhos, ou mesmo não consegue ou não quer ter filhos, opta por adotar um gato como companheiro inseparável para lhe preencher os momentos de solidão.
Ocorre que algumas vezes, mesmo a pessoa tendo companhia em casa, sente solidão e falta de afeto, por isso encontra na figura felina o conforto que não tem ao lado dos companheiros no lar. Deve ser porque gato tem aquela coisa de ficar enroscando nas nossas pernas, de grudar feito um bicho carente de mimos. Penso que seja por conta disso que é preferido pela maioria das pessoas. Esse contato físico, esse dengo, essa carinho de certa forma preenche a falta de alguém.
Bom de se ter gato é que ele é asseado e faz suas necessidades fisiológicas longe da vista do dono e as enterra. Diferente dos cães que comem quatrocentos gramas de ração e defecam dois quilos pelo quintal.
Não sou especialista analisando, apenas uma curiosa como um gato astuto que fica espreitando comportamentos. Cheguei a esta conclusão após perceber uma grande maioria de idosos com seus adoráveis felinos. O gato feliz pelos cuidados, o idoso satisfeito com a companhia que o livra da solidão. Uma troca justa e louvável.
Se algum dia me sentir sozinha penso que terei problemas. Meus primeiros contatos com gatos não foram dos mais agradáveis. Quando pequena fui acarinhar um gatinho e ele me deixou o pulso sangrando com quatro riscos longos. Motivo suficiente para me manter bem longe deles. Passados os anos, novamente arrisquei uma aproximação com um felino para retirar aquela imagem negativa da memória. Outra vez fui arranhada, dessa vez na mão. Desisti de vez da amizade.
Apesar de admirá-los é eu cá e eles bem lá no colo confortável dos seus donos. Prefiro vê-los em calendários e revistas. Duas vezes arranhada foi o suficiente para que eu entenda que "nem todos os caminhos são para todos os caminhantes."(Goethe).
Algo entre mim e os gatos não combina. Talvez este meu jeito desconfiado e arisco de ser faça com que eu seja uma rival para eles. Coisa de espíritos! Vai entender... Para minha solidão quando os filhos forem viver o futuro que lhes aguarda, deverei viajar mais, fazer algum curso e para os momentos em que a falta de companhia me apertar o peito a ponto de incomodar, então arranjarei um lindo e belo gato persa, de pelúcia, é claro!rs
Espero que minha liberdade de expressão não seja interpretada como rótulo de nada. Pois não foi essa a intenção, mas de expôr minhas ideias tão somente.rs