O VIAJANTE.

De onde venho e para onde vou?

É bastante corrente, e embora dê mostras de excepcionalidade, não é mais que um pensamento recorrente que sobrevém à mente, de quando em quando!

Como notório é o conhecimento de que toda viagem ao longo do seu desenvolver, vai deixando o viajante a cada passo dado mais e mais distante de suas origens -, É quando, a mais de meio caminho andado e bastante distanciado de suas raízes, o viajor enfadado já não se recorda de onde vem, nem por que vem tampouco sabe para onde vai e por qual razão está indo...

Admirando-se de sua proesa declara: “Talvez, nem deveria ter vindo, nunca!”

Assim engolfado nas inglórias das perdas voluntárias se desconhece e duvida: “Pode ser que eu não esteja aqui, e nem você aí a me escutar”.

Segue, contudo, exclamando a própria extravagância, e de si para si recita as venturas de sua grande aventura: “O fato é que hoje me sinto cansado de comer carne dura com arroz empelotado, cansado de dormir sob as árvores, cansado de ver as estrelas sempre no mesmo lugar... Assim que solicito que me brinde todas as comodidades... Porque, entre tantas penúrias hei de ter esse privilégio – Compreende-me?”.

Depreende-se, entretanto que muitas vezes até mesmo o viageiro mais experiente perde o rumo, quedando-se num remoinhar dos passos e a ruminar os próprios pensamentos!

Porquanto, e embora, sirvam os questionamentos como alavancas de estímulo às buscas; necessário se faz nortear os passos. Será o objetividade que levará o caminheiro a alcançar as respostas a que saiu em busca com mais brevidade ademais permitirá melhor enfretamento dos percalços do caminho, amenidade das fatigas e conforto nas ofertas.

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Os trechos entre aspas pertencem a:

ANDUEZA, Juan Andueza G. Más Allá Del Horizonte. Disponível em < http://www4.loscuentos.net/cuentos/local/andueza/> Acesso em: 14 out. de 2009.

Caducha
Enviado por Caducha em 14/10/2009
Reeditado em 14/10/2009
Código do texto: T1864912
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