POR CONTA DE MUITAS FLORES
POR CONTA DE MUITAS FLORES
Se Meu nome fosse José ou João ou Pedro, certamente eu teria uma veia que eu não tenho que seria a de comerciante. Contaria bem os trocos como meu pai me cobrava de pequena. Seria proprietária de imóveis e teria mais de um carro, mas isso se eu tivesse o pensamento capitalizador de minha mãe.
Então nessa mistura de mim em outra pessoa que eu seria na figura masculina, teria me casado uma única vez na vida e enaltecido a mulher escolhida para o todo sempre e com ela trataria de ter um casal de filhos. Pronto! Essa introdução toda para falar na origem do homem que eu seria por um dia.
Então já pensou se por um dia eu então fosse este homem já depois de tudo isto, divorciado... Ah! Não ia querer ser este homem nem por um dia, principalmente se o divórcio fosse por adultério em minhas costas com o peso das traições, deixando seus vestígios e lições. Imagine que numa hora em que esperando ninguém eu estivesse e me batesse a porta o filho e num sopro confessasse seus interesses homoafetivos.
Com certeza eu o chamaria para sentar e lhe diria:
- Senta que o papo pelo que eu vejo será de homem para homem sobre poesia ou sobre amores que eu não entendo direito. Mas você me viu anos a fio a amar sua mãe, não viu?! É só deste amor que eu sei lhe falar, portanto estou pronto é para ouvir.
-Chegou a falar com sua mãe sobre isto?!
-O senhor está louco?! Ela me mata!
- Meu filho, esqueceu que é ela quem lhe enche de flores?!