Madrugada

Cá estou em mais uma madrugada gélida e cruel...

O sono fazendo-se meu inimigo

Os sonhos não pensam em me agradar...

Às vezes acho que você não me nota

Não vê que meus olhos são apenas seus

Só em você direciono meu ser

Por que será que choro tanto quando me diz “te amo”

Por que será que sinto as madrugadas zombando de mim?

Por que eu choro agora?

Por que esse vazio? Por quê?

Eu espero um dia entender

Espero um dia ver o sol decidido a me aquecer

E a lua feliz em nos ver!

Enquanto isso eu espero que a madrugada seja gentil

E que o cara do sono venha me visitar

Para que eu não me sinta tão só

Sinto que as paredes se aproximam... Cada vez mais a me espremer

Dizendo pra mim que sou tola demais

Mas minha mente não aceita nem o fechar dos meus olhos

E não respeita o cansaço dos meus ombros

Quando terei respostas?

Quando o vento me trará sua música mais perto de mim?

Por que por enquanto só ouço as palavras cruéis do destino a me jogar nos braços da madrugada fria

E sorrir pra mim malicioso...