FRASES SEM EFEITO OU IMAGINAÇÃO
Poderia começar com vou, mas volto, mas vou começar com não fui por que fiquei. Está ficando bom o suficiente para você interromper a leitura, mas se esperar mais um pouco a coisa pode até piorar e se você duvidar bastará mais um segundo de prosseguimento sem interrupção. Doeu, não doeu?
Você ainda está aqui?! Pensei que já tinha mudado de página. Mas já que não mudou vamos logo dar um jeito de fazer valer a pena sua persistência. Vou chamar o Dagger, pois só ele me salva quando estou assim em verdadeiro estado de falta do que fazer com as letras. Um estado que nem Dolce Vita em doces devaneios de conversa com ela mesma, enquanto escritora e leitora, saberia entender.
Não! Não fiquem confusos! Citei o nome dela só para enriquecer minha crônica enquanto Dagger não chega. Afinal, amigos servem para a gente abusar da boa vontade na presença ou na ausência.
– Dagger! Cadê você?! Onde será que se meteu o meu sapinho?! Geralmente ele avisa quando parte para a mata. Será que saiu com aquele novo amiguinho? Nem te conto! Este novo amigo vai dar é história. Mas vou deixar para apresentar na semana que vem, pois ele já está inserido no livro.
Bom. Já que ele não está por aqui vamos poupar linhas com frases sem efeitos ou imaginação. Vamos fingir que não passa nada pela minha cabeça. Se os poetas sabem fingir, cronistas é que não saberiam?! E quem acha que não encontrou novidade nenhuma por aqui que vá ler o novo livro dos Beatles enquanto eu fico descansando.
E descanso os olhos das mais doces tolices. E descanso os olhos dos mais rápidos prazeres. Vou descansando a alma dos desencantos ternos. Vou descansando o inverno das indesejáveis gordurinhas, vou começar a pedalar novas letrinhas. Farei feliz muito de vocês.
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