A FESTA DE ELISA

-Pode sair do castigo, filha.

-Agora, sou eu quem não quer sair. Você é muito chata, sabia? Não gosto mais de você, mamãe.

-Você está muito atrevida. Não vou fazer festa no seu aniversário, viu? Nem parece a minha Elisa, que é obediente, educada, que gosta de cantar, de dançar, de estudar e de ir à igreja louvar o Senhor.

-Mamãe, se eu melhorar, você faz a minha festinha?

-Não. Já decidi. Você não está merecendo, nada.

Uma semana depois, a menina escreveu uma carta pedindo perdão e desenhou muitos corações. Seu pai leu e disse:

-Helô, não faça isso com a nossa filhinha, que quer tanto comemorar o seu aniversário.

-Meu bem, se eu não puxar as rédeas agora, que ela tem quatro anos, imagine quando ela tiver dez.

Na véspera do aniversário.

-Mamãe, hoje eu fiz a última malcriação dos meus quatro anos. Prometo que amanhã vou acordar uma mocinha boa e educada.

-Que bom, filha! Sua avó tem orado muito por você e Deus está ouvindo!

-Então, você faz a minha festa?

-Não. Se você se comportar bem, durante este ano todinho, farei uma festa maravilhosa no ano que vem.

No outro dia, sua avó fez um almoço gostoso, com tudo que a garotinha gosta.

Logo que Elisa acordou, todos cantaram parabéns para ela, mas nada de festejo.

Na segunda-feira.

-Mamãe, vou ficar boazinha para você fazer a minha festa de seis anos. Já sou uma mocinha. Olha a minha mão. Tenho cinco anos.

-Que bênção! Vou fazer uma festa linda, linda para você!

-Eu já pedi um presente à titia. Quero um computador da Xuxa.

Está vendo, mamãe? Aquela Elisa Sumiu. Agora eu sou a sua Elisa, que te ama muito.