A questão é de fuso horário!

Por que alguns países são mais adiantados que outros?

Parece-me que é em função do fuso horário. Diz a máxima popular: “Deus ajuda quem cedo madruga”. Isto, a meu ver, não é nada democrático. Analisemos os extremos: nos países com alto índice de desenvolvimento, o horário em relação ao de Brasília, é de até 12 horas para mais, caso do Japão, e países com baixo índice de desenvolvimento, o horário em relação ao de Brasília, é de até 12 horas para menos, caso da Papua. Confesso: este país existe mesmo. Custei para localiza-lo no Atlas, mas consegui! O Brasil, que está no meio, encontra-se numa situação remediada.

Raciocinemos. Enquanto o povo japonês está trabalhando, nós estamos dormindo em “berços esplêndidos”, já estamos atrasados 12 horas, isto é, ele está 12 horas à nossa frente e nós sempre estaremos correndo atrás, sem chance de alcança-lo. Isto é justo?

Nestes tempos de globalização, o sistema de horas é injusto e anti-democrático, não há isonomia, e para que a globalização funcione, todos têm que estar em igualdade de condições, principalmente, quanto ao horário.

E como resolver esta questão? Penso que não é muito complicado. Vejamos algumas alternativas:

Por meio de um Decreto-Lei, a ONU poderia equalizar o horário no mundo inteiro. Nós, brasileiros, temos know-how quanto à implementação de “medidas de interesse geral” por meio de Decreto-Lei, só que alguns países tidos como democráticos não aceitariam esta norma, por não vir das bases populares, e os países tidos como ditatoriais não se importariam com a instituição do horário universal único segundo esta norma.

Se houver consenso quanto a utilização do Decreto-Lei – acredito que não haverá – como a proposta é democratizar a “Aldeia Global”, começando pela instituição do horário universal único, e para que a mudança não seja abrupta, a ONU poderá instituir o horário universal único através de Medida Provisória, e neste ponto, também o Brasil, poderá fornecer esse know-how, pelo menos aqui, esse sistema funciona satisfatoriamente, pois os responsáveis pela aprovação ou rejeição do projeto, não precisam se preocupar, porque ela é provisória e ad infinitum e assim todos os países terão o tempo necessário para se adaptar e adequar ao horário universal único.

Caso a ONU não consiga implementar a isonomia do horário universal único, a solução seria criar uma ONG, esta sim, com todo os seu “poderes” emanado pela “Ordem Divina” conseguirá implementa-lo e por ordem na “Aldeia Global”.

O problema seria determinar qual o país a ser referência mundial desse horário, então . . . sugiro que seja o Brasil, pelos seguintes motivos:

Em primeiro lugar, “Deus é brasileiro” e em segundo lugar, nós já instituímos o horário de verão. E em termos de nobreza, também, estamos muito bem, cito, dentre tantos: o Rei Momo, a Rainha do Carnaval, o Rei do Futebol, a Rainha dos Baixinhos, o Reio da Voz, o Rei Cocada Preta, etc., etc.. Quanto a Lei, nós brasileiros, somos o exemplo vivo de como vinga-la, haja vista a nossa “Lei de Gerson”. E para adaptar as situações adversas, temos o nosso jeitinho de resolver todos os problemas possíveis e imaginários. E para não alongar nos nossos predicados, temos de quebra, os Lalaus´s e milhares de “salvadores da pátria”.

Com todos os nossos predicados, entendo que, o Brasil possui know-how e está credenciado a ser a referência mundial da equalização do horário universal único. Já imaginaram todos no mundo ouvindo, diariamente e obrigatoriamente, “A Voz do Brasil” e acertando os seus ponteiros?: “Em Brasília, dezenove horas” e o expediente mundial estará encerrado.

BENIGNO DE LIMA RIBEIRO

Auditor Independete

benigno@prospetica.com.br

Benigno de Lima Ribeiro
Enviado por Benigno de Lima Ribeiro em 06/09/2009
Código do texto: T1795100