Eu juro que não sabia.(EC)
Eu juro que não sabia que o dia estava escuro, o céu nublado coberto por pesadas nuvens. Nem mesmo sabia que estava frio, eu juro. Então saí desprevenida, sem sombrinha e de sandálias. Se soubesse teria saído de acordo, mas acontece que parece que eu não estava bem acordada quando saí a rua, naquele dia. Mas o pior foi sem dúvida ter saído de óculos escuros e meus óculos são negros, a armação e a lente, uma escuridão total. Bem, frio eu senti logo que coloquei os pés na rua, mas vou agüentar, pensei, logo o sol aparece e tudo aquece. Mas as pessoas começaram a me olhar assim, de lado, com um riso torto e eu pensei que não deveria ser só pelos leves trajes de verão. Imaginei, quem sabe os óculos, a mim mesma perguntei, pois já que frio faz, também escuro pode estar e então levantei os óculos para melhor olhar e realmente a vida estava cinza chumbo e não carecia duplicar a escuridão mesmo correndo o risco de um tropeção porque meus olhos mal enxergam sem óculos e meus óculos podem parecer de sol mas não o são, ou pelo menos não só de sol porque minhas lentes são de grau e sem elas se subo escadas salto degraus. Mesmo assim resolvi tirá-los, os óculos, e colocá-los no alto da cabeça para não esquecê-los em lugar nenhum já que sempre os esqueço em algum lugar. Foi aí que ... Um pequeno som de colisão, um leve som, mas bem ouvido e lá levo eu a outra mão, não a que segurava os óculos escuros, bem seguros, os óculos escuros negros debruados de branco, a outra, pois como ia dizendo, levo a outra mão a cabeça para sentir com que os óculos negros como azeviche haviam se chocado e pasmem...juro que eu não sabia mas lá estava todo pimpão e altaneiro, já que estavam no alto da cabeça, os meus óculos de noite, todo branco, mais parecido com leite cru de tão branco, as hastes, é claro já que lentes translúcidas são transparentes. E foi isso que aconteceu, naquela tarde escura, quase breu, as pessoas riam de mim que saíra a rua com dois óculos, não, não foram dois, foram três, porque no decote da regata pendurei os óculos de armação verde e lentes amarelas. Eu juro, não sabia, mas pagar mico já é uma mania. Ah! Tudo bem, desculpe, eu juro que não sabia que você não estava nem um pouco interessada por minhas histórias sem pé nem cabeça, mas agora já contei, fazer o que? Da próxima vez vou perguntar antes para ficar sabendo.
Eu juro que não sabia que o dia estava escuro, o céu nublado coberto por pesadas nuvens. Nem mesmo sabia que estava frio, eu juro. Então saí desprevenida, sem sombrinha e de sandálias. Se soubesse teria saído de acordo, mas acontece que parece que eu não estava bem acordada quando saí a rua, naquele dia. Mas o pior foi sem dúvida ter saído de óculos escuros e meus óculos são negros, a armação e a lente, uma escuridão total. Bem, frio eu senti logo que coloquei os pés na rua, mas vou agüentar, pensei, logo o sol aparece e tudo aquece. Mas as pessoas começaram a me olhar assim, de lado, com um riso torto e eu pensei que não deveria ser só pelos leves trajes de verão. Imaginei, quem sabe os óculos, a mim mesma perguntei, pois já que frio faz, também escuro pode estar e então levantei os óculos para melhor olhar e realmente a vida estava cinza chumbo e não carecia duplicar a escuridão mesmo correndo o risco de um tropeção porque meus olhos mal enxergam sem óculos e meus óculos podem parecer de sol mas não o são, ou pelo menos não só de sol porque minhas lentes são de grau e sem elas se subo escadas salto degraus. Mesmo assim resolvi tirá-los, os óculos, e colocá-los no alto da cabeça para não esquecê-los em lugar nenhum já que sempre os esqueço em algum lugar. Foi aí que ... Um pequeno som de colisão, um leve som, mas bem ouvido e lá levo eu a outra mão, não a que segurava os óculos escuros, bem seguros, os óculos escuros negros debruados de branco, a outra, pois como ia dizendo, levo a outra mão a cabeça para sentir com que os óculos negros como azeviche haviam se chocado e pasmem...juro que eu não sabia mas lá estava todo pimpão e altaneiro, já que estavam no alto da cabeça, os meus óculos de noite, todo branco, mais parecido com leite cru de tão branco, as hastes, é claro já que lentes translúcidas são transparentes. E foi isso que aconteceu, naquela tarde escura, quase breu, as pessoas riam de mim que saíra a rua com dois óculos, não, não foram dois, foram três, porque no decote da regata pendurei os óculos de armação verde e lentes amarelas. Eu juro, não sabia, mas pagar mico já é uma mania. Ah! Tudo bem, desculpe, eu juro que não sabia que você não estava nem um pouco interessada por minhas histórias sem pé nem cabeça, mas agora já contei, fazer o que? Da próxima vez vou perguntar antes para ficar sabendo.