DISPUTA POLÍTICA
DISPUTA POLÍTICA
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal - esteve reunida para ouvir o depoimento da ex- secretária da Receita Federal, Lina Vieira, sobre um suposto encontro, ou reunião, que teria sido provocado pela Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, com intuito de “agilização” por parte da ex-secretária, do processo movido contra o filho do presidente do Senado Federal José Sarney. A secretária chegou a Comissão por volta das 8.30h da manhã, para ser ouvida, depois de mais de duas horas de espera. Além de querer colaborar como a dita Comissão, a Sra. Lina teve que tomar um tremendo chá de cadeira, enquanto os parlamentares discutiam abobrinhas que não levavam a nada.
A senhora Lina mostrou ser uma mulher de fibra e deu uma verdadeira aula aos parlamentares que como proceder com responsabilidade e altivez no controle do dinheiro público. Serena, segura durante toda inquirição, não titubeou nem escorregou na maionese que alguns parlamentares colocar a sua frente. O político numa hora tão importante e primordial para a nação, não pode perder a tranquilidade e querer macular a honra de quem quer que seja. Aos parlamentares cabia tão somente perguntar, indagar e jamais fazer juízo de valor. Alguns senadores governistas chegaram a ser grosseiros e mal educados com a testemunha. Chegaram a insinuar prevaricação por parte de Lina Vieira.
O que todo mundo queria saber ela confirmou. Manteve-se na mesma postura do começo ao final do interrogatório. Numa Comissão tão importante não pode haver dois pesos e duas medidas e que procedam da mesma maneira, convocando a ministra para dar suas versões a respeito do caso. Durante o interrogatório Lina disse não ter se ‘sentido pressionada’, mas considerou o pedido da ministra "descabido”. Claro, pois se a ministra tinha interesse sobre o assunto deveria ter provocado uma reunião e participar ao presidente da República, a sua preocupação com o desenrolar do processo, mesmo assim seria incoerência, pois o mesmo corria em sigilo de justiça.
O homem mais indicado para dar a resposta a Dilma seria o ministro da Fazenda, Mantega. Foi enfática em afirmar que para falar a verdade não necessitaria de agenda. Até o presidente caiu ou se fez de bobo afirmando que a ex-secretária deveria apresentar provas do encontro.
Olha que a disputa política nem começou e os ânimos estão esquentados governo e oposição, brigam por picuinhas, pela posse e manutenção do poder. Enquanto isso, o povo brasileiro continua sofrendo. Esqueceram a gripe tão propalada, mudaram o foco das atenções e Lula continua apoiando Sarney. Acrescentou também que: “Não senti no pedido da ministra qualquer pressão".
"Não tomei nenhuma providência em relação ao pedido da ministra", acrescentou, lembrando ainda que havia uma demanda da Justiça no mesmo sentido. "Não dei nenhum retorno, e também não fui cobrada." Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Lina havia dito que entendera o pedido de ‘agilização’ nas investigações como uma sugestão de encerramento das mesmas. Em outras palavras, o dito pelo não dito. PSDB e DEM acusaram a ministra da Casa Civil de tentar interferir nos trabalhos da Receita. Para a oposição, Dilma tentou beneficiar a família do presidente do Senado. "É claro e evidente que se tratou de uma tentativa do uso do poder para a quebra da impessoalidade do serviço público", criticou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Segundo ela, a Receita deve ser vista como uma instituição de Estado. "Não estamos ali para atender o governo A, B ou C." O que não se entende nesta jogada toda foi à demissão de uma funcionária competente que mostrou por (A + B) que entende a fundo de finanças públicas. Como citamos anteriormente os governistas não foram éticos e em resposta, tentaram desqualificar e intimidar a ex-secretária da Receita. Disseram que Lina não apresentou nenhuma prova de que a reunião realmente ocorreu, e destacaram o fato de ela não saber nem a data do suposto encontro. Além disso, afirmaram que, se a versão de Lina fosse verdadeira, a ex-secretária da Receita teria cometido o crime de prevaricação, pois não teria denunciado a atitude da ministra nem reportado o episódio a um superior.
"Ou a senhora prevaricou ou não está falando a verdade", sublinhou o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Fazendo juízo de valor, este senador foi um dos que quis colocar a ex-secretária na parede para tentar arrancar coisas que somente ele via naquele momento. Disse também que: "Comparar a arrecadação de 2009 com a de 2008, um ano de bonança, é quase patético", disparou, destacando que em 10 dos 11 meses em que esteve à frente do órgão os efeitos da crise financeira global impactaram negativamente sobre o recolhimento de impostos e tributos. Mas, não foi isso que o presidente passou a população, afirmando sempre que o Brasil estava preparado para enfrentar a crise. Sobre o caso da Petrobras ela não quis dizer nada e com razão, pois estava ali para ser inquirida por outro assunto. Ela disse, no entanto, que em sua gestão a Receita Federal reforçou a fiscalização de grandes empresas. Humildemente afirmou de que: "Tiramos o foco dos velhinhos, dos aposentados e dos assalariados.”
Com esta colocação ela mostrou que realmente é uma pessoa de confiança e não deseja o mal a ninguém. De toda esta cena, desse teatro de operações ficou uma lição: “De que estamos pessimamente representados no parlamento, pois nem eles se entendem e se agridem mutuamente e que o vil metal aliado ao poder é o ponto forte da “Tropa de Choque” do governo. Esquecem por completo os problemas que enfrentam a sociedade brasileira, que sua, se esforça para pagar seus impostos em dia, e outros usam má fé com intuito do enriquecimento ilegal e fácil.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIR/CE