Tem coisa que só cunhada conta.

Há coisas que a gente só aprende com a maturidade.

Uma delas é que o tempo é agora. Não nos arriscamos mais a ficar na dependência do depois. Aprendemos que a hora é agora porque, depois, pode ter passado a vontade ou termos outros interesses e já não nos violentamos para cumprir “compromissos”. Portanto, a hora é agora.

Desconfio das programações feitas pra depois da novela, depois do carnaval ou no final de semana.

Depois dos 50, só se for agora!

O nosso corpo tem uns “trecos” que dão de enguiçar justo quando a gente “queria tanto” fazer isso ou aquilo, mas principalmente aquilo!

Pra isso que existe a aposentadoria: tempo livre para fazer o que “der na telha”, mas, há quem escolha fazer nada ou arrumar outro emprego... snif (falta de criatividade!) E o tempo, inclemente, passa a nos cobrar “pedágio” a cada 500m.

Um dia desses, numa calçada lisinha: “calçamento arapuca” - uma senhora escorregou e zuuum... deslizou seu "bacon" por mais de três metros. E pra se levantar? Ixi, foi um horror! Precisou de seis ajudantes! A gorda mulher ficou sem a pele do bumbum e, naturalmente, com deslocamento nos dois braços tal a força feita pelos “socorristas”.

A mulher, segundo sua “cu-nhada”, tem 52 anos e pesa 120kg.

Ontem na aula de hidro, era esse o assunto do dia. Trazido por quem? Pela “ cu-nhada”, o que, para as “senhoras atletas”, serviu de inspiração nos 60 minutos de puro agito. Não, não há mulheres gordas na piscina, nem com-dores.

Cada “senhora atleta” se levanta sozinha. Aliás, caímos bem pouco porque temos bom treinamento de equilíbrio e ótimo “jogo de cintura”. Somos mulheres saudáveis, graças a Deus. Na verdade, ajudamos a natureza nos impondo treinamento físico, mental e lingüístico porque, o que “rola” dentro da piscina e nos vestiários, você nem imagina!

Qual a idade do grupo? Embora sejamos um grupo heterogênio a soma das nossas idades deve dar 800 anos. Há moças de 28 e senhorinhas de 78 anos.

Tá se admirando, por quê?

Todas nós caímos, sim: na piscina três vezes por semana, no mínimo! E treinamos erguer o corpo pra fora também, no ritmo da música, tá bom? E com muita alegria! Tá bem, tá bem; tem dia que dá preguiça, mas vamos assim mesmo.

E algumas das nossas “atletas”, realmente, gostam de cair e caem direto: no samba ou nos braços dos companheiros, porque ninguém é de ferro!

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 02/08/2009
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